Peixes morreram nas gaiolas no Açude Castanhão.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Aquicultura e Pesca de Jaguaribara atualizou os números de mortandade de peixe ocorrida na última sexta-feira (08) no açude Castanhão, o maior do Ceará, que acumula apenas 3,6% de seu volume.

Os números atualizados são bem maiores do que a estimativa inicial de 100 toneladas. O total de pescado que os cooperados perderam foi de 283 toneladas, um prejuízo avaliado em R$ 1,5 milhão. 

A Prefeitura informou que também houve perdas em criatórios de empresários e produtores de outras associações. Um montante de peixes mortos que ultrapassa 500t.

“Estivemos, juntamente com o engenheiro de pesca da Emartrce. Édson Sousa, e com um representante da Câmara Municipal, vereador Neudo Oliveira, levantando informações sobre a mortandade de tilápia nos criatórios, na bacia do Castanhão, na sede da Cooperativa dos Criadores de Peixes do Curupati, conversamos com os criadores e todos estão tristes, preocupados com o prejuízo que tiveram”, disse a secretária de  Desenvolvimento Econômico, Aquicultura e Pesca de Jaguaribara, Lívia Barreto.

Foi criada uma comissão para buscar apoio junto aos órgãos competentes. Ainda nesta semana, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Aquicultura e Pesca de Jaguaribara fará o relatório dos impactos econômicos e a Ematerce vai concluir o laudo técnico que apontará as causas da mortandade.

“Todos reconhecem os riscos assumidos para produzir tilápias com a atual condição do açude, os produtores que vivem na península do Curupati Peixe só tem essa fonte de renda e optaram por tentar produzir, mesmo com toda essa crise hídrica, alguns perderam, e outros não, ainda resistem”, pontuou Lívia Barreto.

O parque de criação do Curupati Peixe foi o mais afetado com a mortalidade de pescado em gaiolas, criados de forma intensiva. 

Curupati 
A península do Curupati Peixe é um assentamento que foi construído para as famílias das comunidades rurais que foram inundadas da antiga Jaguaribara, com a construção do Castanhão.

É um projeto de características diferenciadas dos demais, pois os reassentados foram induzidos à piscicultura em tanques-redes.

O projeto produtivo foi criado pelo governo do Estado do Ceará, no ano de 2007 para atender as famílias que cederam suas terras produtivas para dar espaço às águas do Castanhão. (Diário do Nordeste)

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