FOTO: Rodrigo Siebra |
A
Avianca, quarta maior companhia aérea do país, está em recuperação judicial
desde dezembro do ano passado. A companhia acumula anos de crescentes prejuízos
e atrasos em pagamentos de arrendamentos de aeronaves.
Não
foi informado se a proposta incluiria a transferência das dívidas da Avianca. A
Azul está em período de silêncio, antes da divulgação dos resultados de 2018.
A
proposta da Avianca inclui a compra de ativos selecionados, como o certificado
de operador aéreo da Avianca Brasil, 70 pares de slots (direitos de pouso e
decolagem em certos aeroportos) e o arrendamento de cerca de 30 aeronaves
Airbus A320. A Avianca opera com aviões arrendados por terceiros.
Segundo
a Avianca, os ativos da UPI devem ser colocados em leilão, do qual outros
interessados podem participar, além da Azul.
Em
comunicado, a Avianca informou que a prioridade das negociações entre com a
Azul é fazer com que passageiros e funcionários tenham seus direitos garantidos
e que as operações não sofram alterações.
O
processo de aquisição dos ativos está sujeito a condições, como a conclusão de
um processo de diligência, a aprovação de órgãos reguladores e credores, assim
como a conclusão do processo de recuperação judicial. A expectativa é que esse
processo dure até três meses, informou a Azul.
A
companhia disse ainda que manterá seus acionistas informados sobre a transação.
Em
comunicado, a Avianca informou que a revisão de seu plano de recuperação
judicial será apresentada nos próximos dias, com a nova estrutura da empresa,
que terá como foco suas rotas estratégicas.
“Com
isso, Avianca Brasil se tornará mais forte e viável para enfrentar a atual
conjuntura do mercado brasileiro”, informou. A Avianca também declarou que
pretende realizar a assembleia geral de credores o “mais breve possível” e
reforçou que segue operando normalmente.
Entre
o fim de 2016 e setembro de 2018, os passivos da Avianca Brasil para empresas
de leasing de aeronaves quintuplicaram para R$ 415 milhões, de acordo com as
demonstrações financeiras da empresa.
A
Avianca contratou em janeiro a consultoria Galeazzi & Associados para
ajudar a encontrar recursos e eventualmente um comprador. Os principais
credores da companhia aérea são as empresas de leasing de aviões Aircastle e GE
Capital Aviation Services.
A
companhia está atrasando o salário de pilotos e comissários desde janeiro. Na
semana passada, trabalhadores do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) se
reuniram e deram o prazo de quarta-feira (13) para que a empresa se posicione
antes de um novo encontro para discutir uma eventual paralisação.
A
Avianca Brasil é separada da Avianca Holdings, com sede na Colômbia. Mas elas
pertencem a um mesmo grupo, do empresário boliviano German Efromovich. (G1)
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