Bebianno é convidado do Senado Federal para prestar
esclarecimentos sobre candidaturas fantasmas.
FOTO: Valter Campanato
|
O
ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno –
exonerado após polêmica do possível uso de laranjas pelo PSL na campanha eleitoral
-, deve ser ouvido nesta terça-feira (19) na comissão de Transparência do Senado Federal sobre o
assunto. Bebianno foi o presidente da legenda e coordenou a liberação de
recursos públicos para postulantes durante a campanha eleitoral do ano
passado.
O
pedido da audiência pública interativa foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
para que o ex-ministro preste esclarecimentos à Casa a respeito do assunto. O
senador suspeita que essas candidaturas de mulheres serviram apenas para
“cumprir a determinação legal de 30% de candidaturas e de recursos destinados
para a participação feminina nas eleições proporcionais”.
Bebianno
também será questionado sobre os fatos que levaram a sua exoneração e sobre as
declarações feitas à imprensa do seu trabalho na campanha eleitoral que elegeu
o presidente Jair Bolsonaro. Os cearenses Luiz Eduardo Girão e Cid Gomes integram a
comissão.
Laranjas
As
suspeitas de que esquemas de financiamento de candidaturas laranjas tenham
ocorrido nas eleições de 2018 no PSL, surgiram no início de fevereiro deste
ano. Na ocasião, o primeiro integrante do governo citado foi Marcelo Álvaro Antônio,
presidente do PSL do diretório de Minas Gerais e Ministro do Turismo.
Neste
caso, quatro candidatas em Minas receberam R$ 279 mil do comando nacional do
partido e, apesar, de estarem entre as 20 candidaturas do partido que mais
receberam recursos no tiverem menos de mil votos cada uma, o que levantou a
possibilidade de que as candidaturas tenham sido de fachada. O ministro negou
as acusações.
O
então ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, foi um dos
primeiros implicados nas suspeitas de financiamento de candidaturas
laranjas pelo PSL: ele teria aprovado o repasse de R$ 250 mil para a
candidatura de uma ex-assessora.
As
prestações de conta mostram que o dinheiro foi repassado a uma gráfica em um
endereço de fachada, que não tinha máquinas para impressões em grande escala.
Além disso, enquanto era presidente do partido, sete candidatos do PSL
repassaram R$ 1,2 milhão a uma empresa de um dirigente da sigla. (Diário do Nordeste)
Postar um comentário