FOTO: Marcelo Camargo |
"Vocês
sabem que as pressões são enormes porque a velha política parece que quer nos
puxar para fazer o que eles faziam antes. Nós não pretendemos fazer isso",
disse Bolsonaro.
O
presidente falou nesta segunda-feira (11) durante uma videoconferência do
presidente com ministros e auxiliares que visitam a estação científica
brasileira na base da Antártida.
Entre
os auxiliares que viajaram ao local está o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A visita tem como
objetivo a inauguração da estrutura de telecomunicações da estação, que foi
alvo de um incêndio em 2012 e deve ter sua reconstrução finalizada em 2020.
A
declaração do presidente ocorre em um momento em que o governo terá de fazer
esforços para ampliar
sua base na Câmara, em meio às instalações de comissões na Casa
e do início da tramitação da reforma
da Previdência, considerada crucial para a atual gestão.
No
sábado, em reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
Bolsonaro foi alertado que o governo deveria conceder afagos ao Congresso para
atingir o apoio mínimo para aprovação do texto.
Por
se tratar de PEC (proposta de emenda à Constituição), são necessários ao
menos 308
votos. Pelas contas de auxiliares do Planalto, existem cerca de
160 votos garantidos e outros 100 como prováveis.
Para
ter uma margem confortável para submeter o texto ao crivo dos deputados, o
governo espera ter o apoio de ao menos 330 deputados.
Na
reunião, Maia alertou que a conquista de mais 70 deputados dependeria de
acenos, como concessão
de emendas e cargos.
Bolsonaro
tem afirmado que não vai repetir em seu governo a política do toma lá dá cá de
gestões anteriores, e que adotará um critério técnico para as escolhas de
cargos nos estados. (Folhapress)
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