Fernanda
Pacobahyba, apresentará o projeto ao Governo Federal
FOTO: Mateus Dantas
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A
reforma tributária passa a ser foco do Conselho Estadual de Defesa do
Contribuinte (Codecon). A ideia da secretária da Fazenda do Estado, Fernanda
Pacobahyba, é que as deliberações do conselho composto por representantes do
setor produtivo e Governo, desenvolva prática a ser base de plano nacional.
Criado
em 2014, ainda no governo Cid Gomes, o Codecon nunca havia sido explorado, mas,
nos últimos dias foram enviados ofícios às entidades membro para que nomeassem
seus representantes para que as discussões fossem iniciadas.
"Sabemos
que o grande custo das empresas hoje é no cumprimento de suas obrigações
acessórias. Estamos abertos a essa simplificação. Isso traz uma mudança no
ambiente competitivo do Estado, na medida em que outras empresas podem se
interessar por um ambiente negocial que é menos burocratizado", conta a
secretária.
Entrevistada
pela colunista Neila Fontenele no programa O POVO Economia da Rádio O POVO CBN,
a titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz) disse que espera uma discussão que
facilite a entrada de investimentos e estimule a desburocratização. A partir da
deliberação, uma proposta de reforma tributária estadual seria realizada.
Depois
da discussão, a Sefaz levaria uma resolução das deliberações em prazo de dois
meses. A futura proposta cearense busca ser alternativa às propostas formuladas
no resto do País, como do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), Reforma Tributária
Solidária da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco), além do Projeto de Emenda
à Constituição (PEC) 293/04, do ex-deputado Luiz Carlos Hauly, que não
conseguiu ser reeleito para nova legislatura.
Proposta
mais próxima da aprovação, a PEC 293 segue parada no Congresso por, entre
outros motivos, haver uma intervenção federal na segurança pública do Rio de
Janeiro durante maior parte do ano passado. Uma das mudanças propostas por
Hauly é o fim do ICMS estadual, que seria em parte substituído por um imposto
nacional, o IVA, modelo que existe em outros países.
Conselheiro
do Conselho Regional de Contabilidade do Ceará (CRC-CE), Eliezer Pinheiro diz
que a partir do Codecon também se irá alavancar propostas de consulta pública
no edito e criação de normas tributárias que não modifiquem a Constituição. A
intenção é deixar o público mais participante do processo.
"É
necessária uma reforma. Não é possível conviver com uma tributação em que 55%
são impostos indiretos, que penaliza demais os mais pobres", completa.
O
economista e conselheiro Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE),
Vicente Férrer, explica que cabe, sim, ao Estado iniciar uma discussão e
materializar uma proposta que pode servir de base para mudanças nacionais.
"Precisamos
de facilitadores na legislação quanto na tributação, reduzindo a quantidade de
impostos", finaliza o economista.
(O Povo)
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