Somente nos últimos três meses do ano passado, foram entregues
mais 51 mim m² em condomínios logísticos no Ceará, segundo
o levantamento First Look, divulgado pela JLL. FOTO: Alex Costa
A redução de custos e a desburocratização dos processos são inquietações que perpetuam a constante busca do aperfeiçoamento nas indústrias. Os condomínios logísticos são uma das saídas pensadas para atender esses anseios e têm se popularizado nos últimos anos. Em 2018, o Ceará respondeu por 28% das locações de espaços em condomínios logísticos no Nordeste, segundo o levantamento First Look, da gestora de investimentos JLL. Somente nos últimos três meses do ano, foram entregues novos 51 mil metros quadrados (m²) em complexos no Estado.

No encerramento do ano, mais de 42 mil m² estavam alugados no Ceará. A absorção líquida, que é a diferença entre as locações e as devoluções, atingiu 40 mil m², sinalizando um baixo volume de restituições. O preço médio cobrado pela locação do metro quadrado local é de R$ 13,34 - valor 21,7% menor do que a média da Região (R$ 17,05) e 26,7% mais barato que o praticado no País (R$ 18,22).

Modais estruturantes
O presidente da Camara Setorial de Logística da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e também presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Heitor Studart, reconhece que o setor tem avançado no Ceará. “Nós temos como fatores preponderantes desse crescimento a logística, a diminuição de custos e a segurança. Esses condomínios ficam instalados principalmente perto dos distritos industriais, como Maracanaú e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP)”.

Os condomínios são utilizados por empresas de pequeno a grande porte e ficam perto de eixos modais estruturantes, como anel viário e BRs, vias que facilitam o transporte de carga, segundo Heitor. “Nós temos diversos níveis. Alguns condomínios industriais são vários galpões divididos em uma administração comum, com auditório, refeitório, bancos, ou seja, você faz um condomínio com custos distribuídos. Já outros são de instalação do tamanho de complexos industriais mesmo, como em Guaiúba, que instalou o polo químico. E temos os menores, usados como entrepostos, uma espécie de depósito de carga para facilitar a distribuição de produtos”, explica.

Apesar do avanço, Studart avalia que o segmento não chega a ser uma tendência no Estado e sim um nicho de mercado para algumas empresas. “É um mercado que se estrutura muito em outros estados e países, com acesso a áreas portuárias e a corredores rodoviário e ferroviário, que, no nosso caso, não está desenvolvido, mas poderia ser”.     (Diário do Nordeste)

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