Estudantes criam startup de aluguel de livros por R$ 1 em Crato

AlluGo!: De romances a livros acadêmicos. Na foto, Daislan e Saulo Joab. FOTO: Arquivo pessoal

Em Crato, três jovens universitários apaixonados por literatura e empreendedorismo criaram uma startup para aluguel de livros através de redes sociais. Batizada de "AlluGo!", a ideia de Daislan Vieira, Saulo Jaob e Juan Carlos é conectar leitores caririenses aos mais variados livros por um preço acessível (R$ 1 por dia).

Diferente de uma biblioteca ou uma locadora, a AlluGo não possui nenhum livro em seu acervo. O serviço está mais para um "Trivago" da vida com que uma "Saraiva" com cadastro inicial de 130 livros no mês de estreia.

Funciona assim: a AlluGo serve de ponte direta entre o dono do livro e o leitor. O catálogo de livros está disponível no perfil da startup no Instagram e o interessado faz o contato do aluguel. A startup se responsabiliza pela entrega e devolução do livro, através de um contrato.

O aluguel é de R$ 1 por dia e, por enquanto, funciona apenas em Crato.

"As vezes as pessoas querem um livro por um determinado tempo e não necessariamente tem o interesse de comprá-lo", comenta o estudante Daislan, um dos criadores do serviço. "Nossa ideia é justamente mediar essa troca, que também gera economia e renda para quem disponibiliza o livro para aluguel".

Em 2018, o trio foi finalista no programa “Corredores Digitais”, do Governo do Estado do Ceará, chegando até a terceira etapa com um projeto de aplicativo de busca. Quem ajudou os rapazes durante a trajetória no programa foi o programador Ermeson Silva, atual Diretor de Ciência, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Juazeiro do Norte.

Para Ermeson, a inclusão de jovens no meio empreendedor é reflexo de uma mudança no comportamento social e é exatamente isso que  Daislan, Saulo e Juan estão fazendo com seus projetos. "Empreender não necessariamente é criar uma mega ferramenta de software ou o próximo Facebook. Podemos empreender e inovar em coisas simples do dia a dia", resume.

"A ideia dos meninos é muito interessante por vários aspectos. Eles levaram em conta o estudo de viabilidade de outras plataformas e adaptaram para um contexto mais regional. Abstraíram algo que é relativamente simples e fizeram uma releitura. Além de capacita-los do ponto de vista técnico da programação, também os qualifica no ponto de vista de business, de viabilidade de negócios, de validação", avalia.

Enquanto os três universitários estão programando e codificando a plataforma online onde o serviço estará disponível, a AlluGo vem funcionando pelo Instagram. Conheça mais sobre o projeto aqui. (Site Miséria)