O procurador-regional Eleitoral de Minas Gerais, Angelo Giardini de Oliveira, instaurou, nesta quinta-feira, uma investigação para apurar indícios de Caixa 2 na campanha do PSL-MG, comandado na época da campanha pelo atual ministro do Turismo de Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio. O caso deixa Brasília sob suspense sobre o futuro do membro do Governo Bolsonaro. A investigação tem como pressuposto a não declaração pelo PSL da confecção de cerca de 25 mil santinhos da candidata Zuleide Oliveira.

Já o ministro recorreu da decisão de Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou o pedido para que a investigação da Procuradoria Regional Eleitoral sobre candidaturas "laranjas" do PSL em Minas fosse encaminhada à Suprema Corte. A decisão de Fux atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República, para quem as apurações devem continuar fora da Corte, uma vez que as novas regras do foro definem que só cabe ao STF julgar crimes cometidos no exercício do mandato e em função do cargo. A defesa do ministro pede a Fux que reconsidere a decisão ou envie o recurso apresentado ao plenário do STF.

Transmissão ao vivo
A permanência do ministro no Governo gera pressão sobre o Palácio do Planalto, que enfrenta nos últimos dias uma onda de polêmica. A declaração de Jair Bolsonaro de que a democracia só existe se as Forças Armadas "assim o quiserem" causou, ontem, constrangimento entre congressistas, obrigando o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, a defender o presidente. "As suas palavras foram ditas de improviso".

No fim do dia, Bolsonaro, que nesta semana já causou polêmica ao postar um vídeo obsceno sobre o Carnaval, fez uma transmissão ao vivo sobre vários temas. Prometeu acabar com as lombadas eletrônicas e defendeu a reforma da Previdência. Ele disse que fará "live" todas as quintas.     (Diário do Nordeste)

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