O
município de Mauriti tem se destacado na cajucultura, que tem contribuído para
a diversificação nas atividades agrícolas. Somente no distrito de Coité, cerca
de 400 hectares de cajueiro foram implantados desde 2016, com a chegada da ONG
Amigos do Bem. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, feito pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima que a
expectativa de produção para o ano de 2019 seja superior a 500 toneladas de
castanha de caju anão, somente naquele município.
Como
apresentado pela Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará
(Ematerce), as próximas ações incluem a disponibilização de mudas de cajueiro e
a compra da produção de castanha. Uma indústria de beneficiamento de amêndoas
de caju está em processo de construção e deve começar a operar em Mauriti ainda
este ano. Além das sete mil mudas disponibilizadas pelo Programa Hora de
Plantar, devem ser entregues ainda dez mil mudas de cajueiro anão
precoce.
Conforme
explicou Regina Dias, supervisora estadual de Estatísticas Agropecuárias do
Ceará e Coordenadora do Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do
Ceará, do IBGE, o Levantamento Sistemático é feito levando em consideração a
área dos municípios e a média de seus rendimentos nos últimos 11 anos. Então,
ocorre um acompanhamento ao longo dos meses até a época da safra do
produto.
De
acordo com os números apresentados, Mauriti lidera a expectativa da
cajucultura, com área de 510 hectares e produção estimada em 241 toneladas de
castanha de caju anão. A safra de Missão Velha, por sua vez, deve chegar às 36
toneladas de castanha de caju comum. De acordo com Acácio de Morais, assessor
de cajucultura e mandiocultura da Ematerce regional de Crato, apesar de o caju
estar ganhando mais visibilidade no Cariri, sua cultura ainda não é tão
representativa quanto outras frutas e hortaliças. Ele cita, além de Mauriti, o
município de Missão Velha como um dos mais representativos. “É lá onde se
concentram os maiores compradores de castanha de caju, que é o principal
produto”, informou. Ele conta que, mesmo o solo caririense sendo considerado um
dos melhores do estado do Ceará, levando em consideração pontos como a
tipografia e a fertilidade, o desenvolvimento da cajucultura não ocorre pelo
fato de a cultura não ter se comportado tão bem a nível regional.
Acácio
destaca que uma forma de incentivo à cultura é a recuperação de cajueiros de
copa, que são mais altos e possuem baixa produtividade. A intenção é estimular
o rebroto e a substituição das copas. Há, ainda, a distribuição de mudas, como
as feitas pelo Hora de Plantar. Os pequenos produtores devem ter o cadastro
para que tenham acesso às mudas, que são cerca de 200 por hectares, além do
Documento de Aptidão ao Pronaf (DAP). Na área atendida pela regional de Crato,
o estimado é que cerca de 200 mudas tenham sido distribuídas. A nível estadual,
o Ceará é considerado o maior produtor de caju do Nordeste. (Jornal do Cariri)
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