O desuso dos telefones públicos e a crescente demanda pelo serviço móvel motivaram a mudança. FOTO: Bruno Gomes |
Segundo
um decreto do ano passado da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a
principal alteração é a instalação desses equipamentos onde a tecnologia ainda
não está disponível. As constatações do contínuo desuso dos telefones públicos
e da crescente demanda pela ampliação da cobertura do serviço móvel motivaram
essa mudança.
Com
o novo Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) ocorre o fim da obrigação
de a concessionária instalar e manter um orelhão a cada 300 metros (distância)
e quatro orelhões para cada mil habitantes (densidade).
Agora,
nas localidades com mais de 300 habitantes, as concessionárias de telefonia
fixa na modalidade local devem, mediante solicitação, implantar acessos
individuais no prazo de até 120 dias.
Negócios
Para
o gerente regional da Anatel no Ceará, Gilberto Studart, o plano vai motivar
novos negócios nas localidades onde antes não havia acesso à internet. "A
gente tem o objetivo de fazer com que a sociedade tenha acesso a esses
serviços. Só que hoje é muito mais importante que as comunidades sejam
atendidas pelos serviços de banda larga. Internet hoje tem um peso muito grande
na vida das pessoas. O que a Anatel puder fazer para viabilizar o uso dessas
tecnologias de banda larga para as comunidades desassistidas nós vamos fazer.
Os planos que a gente tem feito, esse plano estrutural de rede de telecomunicações,
já prevê tudo isso", avalia o gerente.
De
acordo com ele, com o acesso à internet haverá consequentemente o aparecimento
de negócios inéditos. "Surgem novas modalidades, há uma alavancagem da
economia na região, aparecem oportunidades. A penetração da internet é
extremamente relevante para o Estado. Hoje, nós temos em termos de usuários de
serviço móvel pessoal, que é o celular, o principal meio de acesso das pessoas
à internet. Apesar de a banda larga ter avançado muito, está presente em
praticamente 900 mil lares no Ceará, ainda é preciso fazer um pouco mais",
completa.
Studart
acredita que o acesso à internet muda a realidade social de comunidades, uma
vez que as pessoas criarão vínculos econômicos, por meio de novas oportunidades
de negócios, e sociais. "As pessoas adquirem conhecimento, educação, podem
fazer uso de formas do comércio eletrônico, serviços bancários, internet
banking. Todos esses serviços são relativos à penetração em massa da
internet".
O
gerente ressalta também que, hoje, as pessoas estão mais interessadas por este
tipo de serviço do que pelos telefones públicos. "Eles (orelhões) são uma
realidade de anos atrás. Hoje, as coisas mudaram. Então, o foco passou a ser
agora a massificação dos acessos à banda larga e de serviços de telefonia móvel
que façam com que seja possível usar a internet". (Diário do Nordeste)
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