Um
voo da Avianca Brasil que seguia de Brasília para Congonhas, em São Paulo, foi
impedido de decolar na noite desta quinta-feira (5), porque segundo a companhia
foram informados de que a aeronave havia sido penhorada pela Justiça.
Passageiros e tripulantes, que já tinham embarcado, ficaram por uma hora e dez
minutos dentro da aeronave e foram retirados por oficiais de Justiça.
O
“confisco” do avião partiu de uma decisão liminar que atendia a um pedido dos
credores da companhia, que está em recuperação judicial desde dezembro de 2018.
A Avianca conseguiu reverter a liminar, mas os oficiais de Justiça já tinham
ido ao aeroporto. Em nota, a empresa disse que “tomou as medidas necessárias,
que os passageiros impactados estão sendo atendidos e que segue operando
normalmente”.
“Eles
estão falando em motivos operacionais, mas todo mundo aqui sem previsão. Deram
alimentação para pessoas com mais de 80 anos”, relatou um dos passageiros, o
empresário Israel Leite, por volta das 21h. “Parece que eles já sabiam que a
gente não iria decolar. O pessoal ficou revoltado pela falta de transparência”,
continuou.
O
voo estava marcado para sair às 19h. Ele foi remarcado uma primeira vez para as
22h30 e depois para 0h30 da madrugada. Com isso, o destino também foi alterado.
Como o aeroporto de Congonhas “fecha” antes, a rota foi com destino ao
aeroporto de Guarulhos. O pouso ocorreu a 1h18 desta sexta-feira (5).
A
Avianca, quarta maior companhia aérea do país, está em recuperação judicial
desde dezembro de 2018. A companhia acumula prejuízos e atrasos em pagamentos
de arrendamentos de aeronaves.
A
Latam Airlines e a Gol anunciaram na quarta-feira (3) que concordaram em fazer
uma oferta, cada uma, por pelo menos uma Unidade Produtiva Isolada (UPI) da
Avianca Brasil. Com as propostas, ambas companhias entrariam na disputa pelos
ativos da aérea junto da Azul.
Em
nota, a Avianca Brasil informou que o novo plano de Recuperação Judicial será
submetido aos seus credores na próxima Assembleia Geral, com data mantida para
esta sexta-feira (5). “O novo plano prevê a criação de sete UPIs (Unidades
Produtivas Isoladas), que serão, em breve, constituídas e levadas à leilão
judicial, em data a ser definida”, disse a aérea, acrescentando que segue
operando normalmente com seus pousos e decolagens. (G1)
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