FOTO: Marcos Corrêa
Após o mal-estar provocado pela viagem a Israel, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na sexta-feira (5) que deve visitar países árabes no início do segundo semestre. Em entrevista coletiva, ele também afirmou que quer ampliar os negócios com a comunidade árabe e "não quer problema" com a Palestina.

"(A viagem será) no começo do segundo semestre. Já tive encontro com vários deles (comunidade árabe). Eu vou escolher dois ou três países para a gente fazer uma visita. Não existe esse afastamento da nossa parte. O Brasil é um país que tem gente do mundo todo. E em qualquer país que eu vá tem gente do Brasil também", disse o presidente.

Questionado sobre o incômodo provocado pelo anúncio da criação de um escritório de negócios em Jerusalém, Bolsonaro disse não querer problemas com os palestinos. "Eu não quero problema com a Palestina, o povo palestino é maravilhoso. Uma parte deles trabalha em Israel, escondidos até (...) A comunidade árabe no Brasil é grande, alguns votaram em mim. Vamos continuar a fazer negócios com eles, vamos ampliar. Quero fazer negócio com o mundo todo", declarou.

Bolsonaro disse que se o Brasil não tivesse relações diplomáticas com Israel e decidisse hoje abrir uma embaixada, ela seria em Jerusalém, e não em Tel-Aviv. A mudança da embaixada era uma promessa de campanha do presidente. "Cada país decide onde é sua capital. Nós não nos metemos em questões internas de país nenhum. É uma decisão nossa onde colocar a embaixada", justificou.

Ainda sobre a política externa, Bolsonaro citou o Mercosul como exemplo e disse que o bloco "está respirando melhor", mas antes da sua gestão "estava respirando por aparelhos, na UTI".

Esta semana, o governo tentou reduzir os danos com a comunidade árabe e evitar que a viagem a Israel e as recentes polêmicas de Bolsonaro e seus filhos atrapalhem os negócios com esses países, principalmente no setor do agronegócio.  (Estadão)

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