FOTO: Evilázio Bezerra |
O
documento intitulado "Efeitos dos ciclos econômicos nos indicadores
sociais da América Latina: quando os sonhos encontram a realidade"
demonstra que o aumento da pobreza no período foi de 3%, ou seja, um número
adicional de 7,3 milhões de brasileiros passou a viver com até US$ 5,50 por
dia.
No
ano de 2014, o total de brasileiros que viviam na pobreza era de 36,2 milhões
(17,9%). O quadro negativo teve início com a forte recessão que o País
atravessou a partir do segundo semestre daquele ano, que durou até o fim de
2016.
O
Banco Mundial avalia que o fraco crescimento da América Latina e Caribe,
especialmente na América do Sul, afetou os indicadores sociais no Brasil, país
que possui um terço da população de toda a região.
Mesmo
assim, o Banco Mundial manteve as previsões de crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB) brasileiro, com altas de 2,2% em 2019 e 2,5% em 2020. As projeções
são melhores do que as de outros países, como o México (1,7%), mas ficam abaixo
de nações como a Colômbia (3,3%). Os países com previsão de queda no PIB são a
Argentina (- 1,3%) e a Venezuela (-25%).
O
relatório destaca as incertezas quanto à reforma da Previdência, afirmando que
sua aprovação "depende da formação de coalizões". A instituição
elogia o Brasil por buscar um programa "ambicioso" de reformas, mas
afirma que o país é o caso mais preocupante na região depois da Venezuela.
"As
perspectivas de crescimento para este ano não mostram uma melhora substancial
em relação a 2018, como consequência do crescimento débil ou negativo nas três
maiores economias da região - Brasil, México e Argentina - e do colapso total
na Venezuela", afirma o relatório.
O
relatório afirma que os programas sociais podem ser os mais eficazes
amortecedores dos choques econômicos. (Agência Brasil)
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