"É uma frustração", lamenta o empresário Jaime Romero
sobre fechamento Singer. FOTO: Cariri Revista
“No meu DNA a Singer ainda corre nas veias". A frase é do empresário e professor Jaime Romero, bem mais conhecido pelo Centro Universitário Unileão, instituição de ensino juazeirense entre as maiores do Nordeste.

Jaime lamenta que a Singer do Brasil, primeira multinacional a se instalar na cidade há 22 anos, encerre na última sexta-feira (5), as atividades no município. Jaime foi um dos diretores da empresa que desde 1997 esteve entra as principais geradoras de empregos diretos e indiretos no Cariri.

"A Singer chegou a empregar 1.200 funcionários", relembra Normando Sóracles, empresário responsável pela ideia de trazer a indústria pra a região após a fábrica em Campinas (SP) apresentar problemas. Normando compôs um dos cargos como executivo da companhia.

À época, Normando era representante de vendas da Singer no Cariri e Jaime funcionário da fábrica de agulhas em Indaiatuba, São Paulo. Durante um jantar, sugeriu ao alto escalão da companhia que uma unidade poderia ser aberta em Juazeiro, e as tratativas começaram.

Romero relembra que havia na fábrica de Juazeiro um cuidado especial com os funcionários que ia desde as burocracias fiscais, até a atenção ao sindicato e maquinário.

A fábrica foi pensada para produzir em pequena quantidade para o Nordeste, mas acabou se tornando a matriz nacional de produção e exportação, vendendo para 140 países.

Além do esforço e a articulação dos executivos que mais tarde se tornariam empresários relevantes em Juazeiro do Norte, a instalação da fábrica onde antes funcionava a indústria algodoeira Icasa teve a participação do então governador Tasso Jereissati e do prefeito Manoel Salviano.

"Ainda sou apaixonado pela Singer, o nordestino pode se sentir vitorioso com a história da empresa", declarou Jaime. "É o único produto que eu conheci na vida que dura uma vida inteira, é uma frustração", finaliza.   (Site Miséria)

Post a Comment