FOTO: Antonio Rodrigues |
A
conclusão do Projeto de Integração do São Francisco (Pisf) pode, mais uma vez,
atrasar. Isso porque funcionários do consórcio Ferreira Guedes – Toniolo
Busnello estão em greve. Nesta quinta-feira (18), a paralisação completa um
mês. O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, havia
garantido, em fevereiro, a conclusão do Eixo Norte do Pisf – etapa que vai
beneficiar o Ceará – para maio. Este é o sexto prazo dado para conclusão das
obras.
Protestos
Os operários reivindicam reajuste salarial através o piso salarial estadual e abono total das faltas durante o período grevista. Ontem houve uma assembleia, mas sem acordo.
Os operários reivindicam reajuste salarial através o piso salarial estadual e abono total das faltas durante o período grevista. Ontem houve uma assembleia, mas sem acordo.
A
empresa propôs reajuste retroativo a partir do mês de janeiro e abondo de 50%
das faltas. Os funcionários não aceitaram a proposta. Para a próxima
segunda-feira está prevista outra assembleia. Cerca de dois mil operários
trabalham no Consórcio. Metade dos funcionários estão indo ao canteiro de
obras, mas a grande maioria vai somente bater ponto, sem executarem nenhuma
atividade.
Paralelo
a isso, empresários e representantes de empresas terceirizadas que prestam
serviços ao Consórcio Ferreira Guedes, bloquearam a entrada do canteiro de
obras no Município de Penaforte, na região do Cariri. Alguns deles cobram
dívidas milionárias, de até R$ 4 milhões. A entrada está bloqueada desde meio
dia e meia desta quarta-feira (17). Representantes do consórcio, que trabalha
na Meta 1 N do Projeto de Integração do Rio São Francisco, prometeram conversar
com empresários e representantes que estão bloqueando a via.
O
empresário Josivan Cândido, que faz manutenção mecânica e solda das máquinas
das empresas, está sem receber 20 mil dos próprios fornecedores que também
cobram o consórcio. “Até o final do ano passado estava recebendo, embora com
dificuldade. Agora, desde o começo do ano não recebo”. Por causa disso, oito
funcionários seus estão com salário atrasado.
Já
o empresário José Elton Pereira, que fornece dois caminhões pipa, não recebe
pagamento há sete meses. Ele cobra uma dívida de 100 mil. Por causa disso, a
mensalidade da escola do seu filho está atrasada quatro meses. “Minha vida é
esse caminhão”, desabafa.
As
empresas que bloquearam o canteiro de obras prestam serviços como caminhão
pipa, terraplenagem, gerador de energia, entre outros. Este é terceiro
consórcio, em menos de três anos, trabalhando na Meta 1N. Este trecho é
responsável por trazer água da transposição ao Ceará. A água chegará até Jati. (Blog Diário Cariri – DN)
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