FOTO: Fabiane de Paula |
A
proposta que tramita no Congresso prevê um gatilho que corrige as idades
mínimas definidas no texto, de 62 anos
(mulher) e 65 anos
(homem), com base no aumento da expectativa de sobrevida da população.
Pelo
cálculo da equipe econômica, que leva em conta estimativas do IBGE, em 2060, as idades mínimas devem estar dois anos e
um mês mais altas. Um jovem que entrar no mercado de
trabalho em 2020 aos 25 anos, por exemplo, não poderá acessar nenhuma regra de
transição proposta pelo governo e terá de cumprir as exigências de idade mínima
e tempo de contribuição.
Em
2060, ele terá exatos 65 anos. Porém, como a idade mínima estará em 67 anos e 1
mês, ele precisará
trabalhar mais dois anos e um mês para se aposentar, na
comparação com a idade proposta inicialmente pelo governo.
A
reforma de Bolsonaro estabelece que, a cada quatro anos, a idade mínima de
aposentadoria seja elevada em 75% sobre
o aumento apurado na expectativa de sobrevida do brasileiro aos 65 anos. Ou
seja, para cada quatro meses de aumento na expectativa, três meses serão
adicionados à idade mínima.
Pelas
projeções feitas pelo governo, as idades mínimas de aposentadoria vão alcançar
63 anos e 1 mês (mulher) e 66 anos e 1 mês (homem) em 2040, subindo para 64
anos e 1 mês (mulher) e 67 anos e 1 mês (homem) em 206.
Os
cálculos apontam ainda que o trabalhador brasileiro só poderá se aposentar
aos 67
anos (mulher) e 70
anos (homem) em 2100. O dispositivo gerou polêmica durante
audiência pública na Câmara com a presença do ministro da Economia, Paulo
Guedes, nesta semana. (Estadão)
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