FOTO: Rovena Rosa
A 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, vírus causador da gripe H1N1, começa hoje no Ceará. Este ano, a mobilização será dividida em dois momentos para que haja uma priorização de imunização de grupos de maior risco. Até o dia 22 de abril, apenas crianças de 6 meses até menores de 6 anos e gestantes poderão se vacinar. Após essa data e até o dia 31 de maio, fim da campanha, os demais grupos prioritários podem buscar a vacina. No Estado, número de casos da doença até o dia 2 de abril cresceu 147% se comparado ao mesmo período do ano passado.

Conforme nota técnica divulgada pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), houve neste ano 213 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), enquanto no ano passado o número foi 86. O número de óbitos também aumentou, de 12 em 2018 para 18 neste ano. Nem todas as ocorrências foram causadas pelos vírus da influenza que são combatidos pela vacina (H1N1, H3N2 e B/Colorado/06/2017).

A coordenadora de Vigilância e Saúde da Sesa, Daniele Queiroz, explica que neste primeiro momento os esforços serão concentrados em atingir os perfis menos alcançados na última campanha. No ano passado, somente 75% das crianças e 80% das grávidas receberam a vacina na Capital. A meta deste ano é vacinar cerca de 219.054 pessoas desse público em Fortaleza e 2.509.776 de todo os grupos prioritários no Estado.

Outra novidade para a campanha deste ano é a possibilidade de atualização das carteiras de vacinação de crianças no momento da aplicação da vacina contra Influenza. Qualquer outra vacina que estiver atrasada pode ser aplicada ainda no mesmo dia. O público alvo de crianças também foi ampliado, de menores de 5 para menores de 6 anos. Segundo Daniele, a expectativa é que esse público possa crescer ano a ano, de acordo com a capacidade do laboratório que produz a vacina.

O público prioritário é selecionado com base no grau de risco de evolução da doença para formas mais graves. Pessoas com alergia severa a ovo devem consultar o médico antes de tomar a vacina, por haver a substância na composição. Para os que têm alergia leve a moderada, o uso não tem contra-indicação. "A imunização é a melhor medida de proteção que existe, é uma proteção individual mas também é uma imunização coletiva. Se a gente consegue imunizar 90% das pessoas que devem ser imunizadas, o vírus não consegue se disseminar", incentiva Daniele. (O Povo)

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