FOTO: Honório Barbosa
As chuvas vêm perdendo intensidade neste começo de maio, no Ceará, conforme os dados registrados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). No sábado (4) apenas Maranguape, com 2,8 mm, e Acarape, com 6 mm, tiveram registros de chuva. Neste domingo (5), choveu somente em Quixeramobim, que registrou 25 mm.

Foi a primeira vez no ano em que o Estado atravessou um dia inteiro com chuva em apenas um município. A última ocasião semelhante ocorreu em 27 de dezembro do ano passado, quando a Funceme observou pluviometria somente na cidade de Icapuí (55 mm). 

O volume médio histórico para este mês, conforme dados da Funceme é de 91 mm. “Se vier a acontecer essa marca no último mês da quadra, poderemos ultrapassar a média histórica", aponta o meteorologista do órgão, Raul Fritz.

Fevereiro, mês em que se inicia a quadra chuvosa no Estado, registrou 172.6 mm de precipitações, 45.5% a mais do que a média. Já março ( 235.1 mm) teve um aumento de 15.6% se comparado com a média histórica para o período. Abril, quando a média histórica para a quadra chuvosa do Estado foi alcançada, a Funceme observou 194 mm de precipitações.

Açudes ainda preocupam
Apesar da média histórica de chuvas ter sido atingida faltando cerca de um mês para a conclusão da quadra chuvosa no Ceará, o aporte dos principais açudes cearenses é motivo de preocupação.

Os reservatórios monitorados pela Companhia da Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh)  registravam, até este domingo (5), 20,67% da capacidade. Dos 155 açudes monitorados, 34 estão sangrando ou já sangraram, seis estão acima de 90% e 73 ainda estão com volume abaixo dos 30%.

A maior preocupação é com o Centro-Sul e o Sertão Central do Estado, onde as chuvas não têm tido a mesma intensidade como nas demais regiões. São nestas áreas que estão localizados grandes mananciais como o Orós (9.5%), Banabuiú (7.97%) e, o Castanhão, maior reservatório do Ceará, que acumula apenas 5.44% de sua capacidade total.              (Diário do Nordeste)

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