FOTO: Alex Costa |
Só
no ano passado, esses incentivos drenaram R$ 19,2 bilhões dos consumidores, um
valor 262% maior que em 2007, já descontada a inflação do período.
O
valor dos incentivos no ano passado só não é maior que em 2015 (R$ 28,6 bilhões em valores
atuais), quando o governo, já mergulhado na crise fiscal, parou de bancar a
política de subsídios iniciada em 2013, e que havia resultado na queda do preço
da energia. O custo foi parar na conta do
consumidor, com aumentos salgados na tarifa.
O
secretário de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e
Loterias, Alexandre Manoel, afirmou a reportagem que a maior parte dos
pareceres elaborados por ele e sua equipe trata de novas propostas do Congresso
para ampliar ainda
mais a fatura dos chamados "subsídios cruzados"
na conta de luz.
Neste
ano, em média, são três pareceres sobre novos projetos a cada semana. Algumas
das propostas mais recentes conferem desconto de 50% na conta de luz de
universidades públicas. Outras retomam descontos a agricultores e empresas de
saneamento que serão extintos em cinco anos, conforme decreto publicado neste
ano, um gasto de R$ 5 bilhões.
Também há projetos que aumentam benefícios a
classes já privilegiadas por subsídios. Para agricultores irrigantes, que já
têm desconto de 60% a
90% na madrugada, quando o consumo da população é menor,
há um projeto permitindo que esse benefício se dê a qualquer hora do dia.
Outra
proposta, direcionada à população de baixa renda, que hoje tem direito a
desconto de até 65% dependendo
do consumo, confere
gratuidade para todos que consumirem até 70 quilowatt-hora (kWh)
por mês, o que elevaria o custo do programa em R$ 750 milhões por ano. (Estadão)
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