FOTO: Tânia Rêgo |
Um
dos casos citados é o de um apartamento na Avenida Prado Júnior, em Copacabana,
adquirido por ele em novembro de 2012 por R$ 140 mil e revendido em fevereiro
de 2014 por R$ 550 mil, gerando lucro de R$ 410 mil. Segundo levantamento feito
pelo MP, a valorização do imóvel foi de 292% no período, em contraste com a
valorização imobiliária média da região, que no mesmo período foi de 11%.
Os
investigadores apontam outra transação envolvendo imóvel no mesmo bairro, na
Rua Barata Ribeiro. Comprado também em novembro de 2012 por R$ 170 mil, o
apartamento foi vendido em novembro de 2013 por R$ 573 mil, gerando lucro de R$
403 mil, equivalente a 273%. Nesse período, os imóveis do bairro valorizaram,
em média, 9%.
Outro
caso citado como suspeito foi a venda de imóveis para uma empresa no Panamá.
Entre dezembro de 2008 e setembro de 2010, Flávio comprou 12 salas comerciais
num condomínio na Barra da Tijuca por R$ 2,6 milhões. Elas foram revendidas em
outubro de 2010 por R$ 3,1 milhões para a MCA Exportação e Participações.
"Mais do que o preço da transação, chama atenção o fato de a pessoa
jurídica adquirente ter como sócia outra empresa com sede no Panamá
(Listel)", diz o MP.
Segundo
os promotores, "um dos mais tradicionais métodos de lavagem de dinheiro
consiste na remessa de recursos ao exterior através de empresas
off-shore".
Defesa
Em
entrevista ao SBT transmitida nesta quarta-feira (15), Flávio
Bolsonaro afirmou que pretende recorrer da decisão do Tribunal de Justiça
do Rio que determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dele, de seu
ex-assessor Fabrício Queiroz e mais de 90 pessoas. "Houve a quebra de
sigilo por um prazo de 12 anos e, para fundamentar isso, ele (o juiz) usou um
parágrafo", afirmou.
Flávio
voltou a dizer que está sendo vítima de ilegalidades na investigação do
Ministério Público do Rio sobre movimentações financeiras atípicas na conta de
Queiroz. "Nunca falei que sou contra a investigação, que estou tentando
impedir alguma coisa, nada disso. O que eu sempre relutei, e me causa revolta
até, é a forma com que as coisas estão acontecendo. Estou sendo vítima, uma vez
atrás de outra vez, de ilegalidades, não sou tratado como brasileiro
normal". (Diário do Nordeste)
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