Deputado Capitão Wagner (Pros) na tribuna do Plenário da Câmara dos Deputados. FOTO: Michel Jesus |
“Como
é que o líder do Governo na Câmara, o líder do partido do presidente estava
presente (na reunião) e vem a líder do Congresso e diz que é boato? E de quem é
o boato? Quem criou o boato foi o governo, que voltou atrás e depois voltou
atrás de novo, recuou duas vezes. Então quero registrar, com todo respeito que
tenho ao presidente que eu votei, que eu não admito ser chamado de mentiroso.
Ou o ministro está mentindo ou o presidente não ligou para ele. Será que o
presidente forjou a ligação na nossa frente? Tenho certeza que não".
A
declaração de
Capitão Wagner - um dos potenciais aliados do Governo Bolsonaro na bancada
cearense - ocorreu após ele participar de uma reunião das lideranças
partidárias com o presidente Bolsonaro, nesta terça.
No
encontro, segundo o deputado cearense e o próprio líder do PSL,delegado Waldir (GO),
Bolsonaro telefonou para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e determinou
a suspensão dos
cortesno orçamento do Ministério da Educação (MEC).
Horas
depois, a ordem de recuo do presidente foi desmentida pela Casa Civil, pelo Ministério da Economia e
pela líder do governo no Congresso, Joice
Hasselmann (PSL-SP), que chamou a informação de "boato barato".
Em
discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, Capitão Wagner cobrou do
governo "peito" para
dizer que manterá o bloqueio
de recursos do MEC e criticou a falta de organização do
Governo Bolsonaro.
“Ou
o governo se organiza, e eu disse isso na cara do presidente e dos demais
deputados, que (o governo) estava batendo cabeça, que estava batendo cabeça o
PSL, estava batendo cabeça a família do presidente, estava batendo cabeça esse
guru lá dos Estados Unidos, que fica atrapalhando. Ou o presidente assume a
liderança dessa Nação ou, de fato, nós vamos ter um problema grave de falta de
condução desse País".
Aliado?
O
discurso do parlamentar irritou
aliados do PSL aqui no Ceará. Questionado sobre qual
posicionamento Capitão Wagner deve manter em relação ao Governo Bolsonaro, ele
disse que é aliado no que for bom, mas que nenhum parlamentar deve dizer
"amém para tudo".
"Sou
aliado naquilo que acredito ser bom, como por exemplo a manutenção do Coaf no
Ministério da Justiça, na redução de ministérios, mas sou independente para
criticar o que acredito que não é bom para o povo. Nenhum parlamentar deve
dizer amém para tudo", frisou.
(Diário do Nordeste)
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