FOTO: Natinho Rodrigues
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Guedes
reforçou a necessidade de aprovação da reforma da
Previdência e disse que o crescimento desses gastos pode impedir a tentativa do
governo de "salvar o País". "Pode não dar tempo",
afirmou.
Ele ponderou
ainda que, como ministro da Economia, "manda muito pouco" e que não é
ele quem decide onde são feitos cortes orçamentários, já que o presidente Jair
Bolsonaro indica as prioridadesdo
governo. "As pessoas acham que eu tenho muito mais poder do que eu tenho.
O poder está em quem vai sancionar leis", concluiu.
Imposto
sobre dividendos
O
ministro da Economia afirmou ainda que há outros temas que precisam ser
endereçados no contexto econômico como, por exemplo a tributação em cima
de dividendos, mas que a reforma da Previdência é mais urgente neste momento.
"Não vou cuidar do imposto em dividendos agora porque daí a Previdência já
explodiu. É preciso desarmar essa bomba", disse.
Conforme
Guedes, uma eventual mudança em
impostos tem impacto somente no ano seguinte e, por causa disso, pode ser
tratada depois.
Ele
garantiu, contudo, que irá tratar desse tema, mas que começou a endereçar
o descontrole dos
gastos pelo lado que acha "mais certo".
"Se
aumentar os impostos agora, posso destruir os poucos investimentos que temos. É
preciso agir com muito cuidado. Vamos olhar isso também (tributação de
dividendos), apagar o problema de excesso de desonerações", enfatizou
Guedes.
Privatizações
Questionado
sobre o momento de fazer privatizações no governo de Jair Bolsonaro, o ministro
da Economia afirmou que é um movimento para fazer "ontem, anteontem".
Ponderou, entretanto, que há uma "coisa com mais urgência",
referindo-se à reforma da Previdência.
"Não
posso nem pensar em correr para vender empresas estatais. Salim (Mattar) está
correndo, conversando com bancos, mapeando potencial, conversando com dentro
dos próprios ministérios", explicou Guedes, referindo-se ao secretário
Especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim
Mattar. (Estadão)
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