Só a saída dos médicos cubanos causou a desassistência
de 28 milhões de usuários do SUS. FOTO: Bruno Gomes
Na falta de definição do governo de Jair Bolsonaro (PSL) de qual programa substituirá o Mais Médicos, estados e municípios estão criando seus próprios planos para preencher as vagas ociosas deixadas pela saída dos médicos cubanos em novembro do ano passado.

Os modelos regionais se baseiam na oferta de bolsas de estudo, sem vínculo empregatício. Os médicos selecionados farão residência ou especialização em medicina de família e, ao mesmo tempo, atender em postos de saúde.

No Ceará, segundo estado mais afetado pela saída dos médicos cubanos e de brasileiros, o recém-criado programa Médicos da Família prevê bolsas mensais no valor de R$ 11,8 mil. Fortaleza foi o primeiro município a aderir à iniciativa e, a partir de julho, contará com 140 novos médicos.

Espírito Santo desenha projeto semelhante e, no próximo mês, deve abrir edital para a seleção. O Tocantins segue o mesmo caminho. Campinas (SP) aprovou lei criando o programa Mais Médicos Campineiro, que prevê 120 vagas de residência ou especialização em medicina de família.

Só a saída dos médicos cubanos causou a desassistência de 28 milhões de usuários do SUS, segundo a Confederação Nacional dos Municípios.

Na quinta (13), o secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim, disse em audiência pública na Câmara dos Deputados que o ministro Luiz Henrique Mandetta apresentará aos parlamentares um esboço do programa que substituirá o Mais Médicos a partir da próxima semana – anteriormente, Mandetta havia prometido o envio do projeto entre abril e maio.

A ideia, segundo ele, é colher opiniões, críticas e sugestões para, então, elaborar o texto final. Uma das propostas do novo projeto, que envolverá entre 13 mil e 14 mil vagas, é oferecer valores diferentes de remuneração nas cidades mais distantes, como forma de atrair os médicos.            (Folhapress)

Post a Comment