Empolgados para a viagem internacional, os estudantes são os
primeiros da escola a participar do concurso. FOTO: Ricardo Mota
Estudar números está longe de ser dor de cabeça para um grupo de estudantes cearenses selecionados na Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras 2019, que deve acontecer em Taiwan, na China. Oito estudantes do ensino fundamental do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros (CMCB) obtiveram medalha de ouro nas etapas estadual e nacional da Olimpíada e agora buscam recursos financeiros para embarcar rumo à próxima fase da competição, que acontece entre os dias 2 e 6 de agosto.

Quem teve a iniciativa de reunir os adolescentes em sua residência, para formar o grupo de estudos, foi a dona de casa Carla Rabelo, que tem o desejo de ver sua filha cursar o ensino superior em uma universidade internacional. “É um motivo de orgulho para todos os pais. Uma premiação muito importante para o histórico acadêmico de cada um. A gente tem consciência que todos têm o preparo de conseguir uma medalha internacional”, pontua. Carla soube da Olimpíada através de uma amiga e procurou a direção da escola para realizar a inscrição dos estudantes.

Eduarda Rabelo, uma das participantes, ressalta que o interesse pelos números uniu o grupo, que agora se prepara para a disputa internacional. "A gente é muito amigo e a matemática é uma coisa em comum", diz. Ela revela ainda que entre a rotina de estudos também tem espaço para uma “fofoquinha”, brinca. A adolescente reconhece que caso não houvesse a iniciativa do grupo para estudar em casa talvez os alunos não tivessem sido aprovados.

Sofia Bessa, que já pensa em cursar engenharia, disse que estuda cerca de quatro horas por dia. "Eu sempre gostei de todas as matérias. Mas matemática eu acho mais interessante", pontua sobre seu interesse escolar. Em relação à prova, ela conta estar nervosa, mas recebendo muito apoio de pessoas próximas e espera que o grupo tenha um bom resultado. Na sua rotina de estudos, ela faz resumos, lê sobre as matérias e troca conhecimento com os colegas.

Para participar da Olimpíada, além da matemática, os estudantes tiveram como desafio o inglês. Por ser um concurso internacional, os participantes precisam dominar o idioma para a realização das provas e, agora, para se comunicar na próxima etapa. Raissa Luana, outra estudante da delegação, diz com confiança que "matemática é só uma, se a gente estudar vai saber fazer qualquer prova", independentemente do país.

Em busca de apoio
Abraçando o projeto, o coronel Jectan de Oliveira se tornou líder do grupo e demonstra seu orgulho com o desempenho dos estudantes. “A gente 'tá' em um momento de alegria. Esses alunos abraçaram a causa, estudaram e representaram da melhor forma a escola pública do Estado”, destacou. Jectan agora tenta enfrentar as dificuldades para arcar com os custos da viagem internacional.       (Diário do Nordeste)

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