Reforma da Previdência gera protesto em Juazeiro do Norte. Organização fala em 5 mil pessoas. FOTO: Alana Soares-Agência Miséria
Sexta-feira dia de… paralisação em Juazeiro do Norte. Ou pelo menos é que o desejam as estimadas 5 mil pessoas que tomaram a rua São Pedro, uma das principais vias de Juazeiro do Norte, nesta manhã, 14, em protesto contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Pelo menos outras 10 cidades no Ceará, incluindo a capital Fortaleza, também registraram manifestações do mesmo caráter.

Dividida em alas, a manifestação de caráter regional agregou trabalhadores de diversos setores produtivos, servidores municipais, professores, estudantes e militantes políticos.

“Somos contra essa reforma da previdência porque ela tira do Estado o dever de estabelecer a política de seguridade, previdência e assistência da população. É cada um por si”, resume a líder do PSOL no Cariri, Zuleide Queiroz.

Ao seu entendimento, a proposta de capitalização da previdência através de bancos privados representa “grande perigo à população mais vulnerável”. Queiroz lembra que o texto proposto pelo Governo Federal retira a obrigatoriedade do empregador de contribuir com a previdência de seus empregados.

“Essa reforma é mais que um golpe, ela vai matar quem hoje não tem nada. Mais do que nunca, todos os trabalhadores precisam entender que a segregação social e o número de idosos em pobreza extrema irá aumentar com esta reforma”, afirma ainda.

Jovens, adultos e idosos. Cartazes, música e palavras de ordem. Organização estima 5 mil pessoas em passeata pelo centro de Juazeiro. FOTO: Alana Soares-Agência Miséria
Temas como educação, saúde, investimento na ciência também entoaram sob o guarda-chuva que é a oposição à reforma previdenciária. Uma ala com aproximados 100 estudantes do Instituto Federal do Ceará produziram cartazes e ornamentações com os dizerem “tire a mão do meu IF”, em referência ao contingenciamento anunciado em maio.

Aos 25 anos, Geraldo Barros já se preocupa com a aposentadoria não só dele como dos brasileiros mais desamparados. "Muitos falam que a juventude é o futuro do Brasil, mas temos que entender que a juventude é o presente. Nós também somos povo", afirma. Ele garante que qualquer corte e retirada do estado em investimentos de seguridade e soberania será prejudicial para todos.

 "O direito ao aposento foi garantido através de lutas. A juventude de hoje precisa se posicionar para que isso não se perca", acredita.

(Fonte: Alana Soares – Site Miséria)

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