A
mãe da criança agredida em uma creche de Fortaleza, na
semana passada, acusa a equipe de negligência e disse, em entrevista, que
as agressões causadas ao seu filho não
parecem ter sido causadas por outra criança . "Acho
impossível só uma criança fazer aquilo tudo com a outra, da mesma idade. Não
sei. Se tiver sido uma criança, ou não, mesmo assim eu quero que elas respondam
porque foi uma irresponsabilidade delas duas deixar uma criança fazer isso com
a outra", disse ela, que preferiu não se identificar.
A
criança, segundo a mãe, apresentou mais de 10 marcas de mordidas e arranhões ao
sair da creche, no dia 29 de maio. Em nota, a Secretaria Municipal da Educação
(SME) declarou que o "episódio foi um incidente ocorrido entre duas
crianças da mesma sala e faixa etária". A secretaria afirmou também
"que está em contato com a entidade que gerencia a creche para apuração e
tomada de providências".
A
mãe da vítima garantiu que não
recebeu nenhum suporte ou contato da SME ou da gestão da
creche após o fato. "Ninguém entrou em contato comigo pra falar nada,
não". Ela questiona ainda o fato das duas professoras não terem sido
afastadas após a denúncia. "Eu não gosto nem de passar perto de lá. Vem a
sensação toda na minha cabeça. Sensação de injustiça. Elas estão lá ensinando
ainda, continuam lá".
"Ainda
estou me recuperando porque toda vida que eu lembro, falo, eu choro, porque ele
é uma criança. Não sabe falar nada ainda, aí eu não sei o que aconteceu lá. Eu
só queria saber mesmo e quero justiça", clama a mãe.
Exame de
corpo de delito
A
mãe do menino buscou auxílio do Conselho Tutelar, no dia seguinte às agressões,
e foi conduzida até a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do
Adolescente (Dceca), onde formalizou um Boletim de Ocorrência.
O
menino foi submetido a exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal
(IML), e a mãe aguarda
o resultado da perícia. (Diário do Nordeste)
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