FOTO: Honório Barbosa |
O
entreposto, na margem do reservatório, atrai vendedores que distribuem e
comercializam tilápia, curimatã e outras espécies para mais de 20 cidades. Os
vendedores estimam que, semanalmente, 40 toneladas de pescado são vendidas no
entreposto do Orós. O quantitativo comprado, e posteriormente revendido, é
semelhante ao que era produzido em anos anteriores. A piscicultura era a
principal fonte de renda do Município. Mais de 700 famílias estavam envolvidas
na atividade que produzia 150 toneladas por mês.
No
entanto, a venda de peixe no entreposto foi a saída encontrada por muitos para
não ficar sem ocupação e renda. É o caso de José Iran Dias, que era piscicultor
na Bacia do Açude Orós, na localidade de Jurema dos Cândidos, com mais cinco
filhos. A família tinha 343 gaiolas e investiu cerca de R$ 300 mil na
atividade. O açude secou e veio a mortandade que atingiu toda a produção.
"Perdemos mais de 20 mil peixes", contou Dias. "Não fiquei
parado e comecei a comprar o pescado vindo da Bahia e Pará".
Os
vendedores de pescado no entorno do mercado público do Iguatu - maior cidade da
região Centro-Sul do Estado - adquirem o produto diretamente do entreposto de
Orós. Em média, cada um comercializa 500 quilos de tilápia e curimatã por
semana.
A
venda no entreposto de Orós ocorre pela madrugada, às segundas e
quintas-feiras, para os revendedores. Há os pequenos compradores que adquirem
menor quantidade e vendem de motos nas áreas rurais do próprio município.
"Saio vendendo pelos sítios e tem dado certo", disse Roberto Lima.
"Dá para fazer um salário no fim do mês".
Outros
têm camionetas e fazem a comercialização em cidades diversas da região.
"Vendo em Acopiara e Catarina", disse Assis Ribeiro. (Diário do Nordeste)
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