O término da Quadra Chuvosa no Ceará, no mês de maio, dá início ao período intitulado de Pós-Estação, indo de junho até julho. Nesta época do ano, as precipitações são mais escassas e dependem de sistemas meteorológicos de baixa previsibilidade.

“Com o afastamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), se inicia o período caracterizado por uma sensível e progressiva redução do volume médio mensal das chuvas no estado. Em junho, o leste do Ceará e o litoral podem receber algumas chuvas, em geral rápidas e não muito intensas, provenientes do leste do Nordeste”, explica o pesquisador da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Raul Fritz.

O principal sistema indutor de precipitações neste bimestre é o Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL). Ele ocorre, vez por outra, entre junho e meados de agosto, trazendo precipitações importantes para o leste do Nordeste que, algumas vezes, podem alcançar o Ceará.

Segundo dados da Funceme, junho tem média de 37,5 milímetros e, em julho, apenas 15,4 mm.

Variação
Um fato que chama atenção na pós-estação é leve redução da temperatura no Ceará. Considerada a época mais “fria” do ano, em municípios como Guaramiranga, localizado no Maciço de Baturité, as médias são de 18,1 °C e 17,4 °C, em junho e julho, respectivamente.

“O dia 21 de junho é marcado pelo início da estação de inverno no hemisfério sul do nosso planeta. Apesar do estado do Ceará estar localizado muito próximo da Linha do Equador, as temperaturas tendem a apresentar uma pequena redução no período de inverno austral. Daí essas médias um pouco mais baixas nessa época. É interessante lembrar que as chuvas mais importantes no Ceará ocorrem entre as estações do verão e do outono no hemisfério sul”, complementa Fritz.

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