A quantidade de cédulas falsificadas apreendidas pelo Banco Central (BC) no Ceará caiu 28,3% nos primeiros seis meses deste ano em comparação a igual período do ano passado. De acordo com dados da instituição, foram 3.267 notas falsificadas retiradas de circulação no primeiro semestre do ano – frente ao total de 4.559 cédulas apreendidas em igual período do ano passado. Ainda assim, o resultado foi 23% superior ao do primeiro semestre de 2017, quando 2.649 notas falsas foram identificadas.

A estatística, porém, não representa uma diminuição nas tentativas de fraudar o sistema financeiro ou uma redução de eficiência na fiscalização. Segundo Raimundo Augusto Fernandes Filho, coordenador do Departamento do Meio Circulante (Mecir) do Banco Central em Fortaleza, o número é considerado normal para o período, permanecendo no mesmo patamar que nos primeiros semestres de 2018 e 2017, apesar das oscilações observadas no período apresentado. Em relação a todo o ano passado, foram recolhidas neste ano 28,59% do total apreendido em 2018.

“Não houve nenhuma iniciativa nova nos últimos anos e o número de notas apreendidas pode ser considerado normal para o primeiro semestre desse ano. Mas a gente sempre reforça que as pessoas prestem atenção na hora de receber uma cédula para não cair em golpes”, disse Fernandes.

O coordenador do Mecir ainda disse que o Banco Central oferece um curso gratuito para a população no qual são ensinados todos os mecanismos de identificação de uma nota verdadeira. Para ter acesso ao material é necessário apenas entrar em contato com a instituição financeira. 

Conhecimento
Fernandes ainda comentou que o maior número das apreensões acontecem no Interior do Estado e na periferia da Capital cearense. Segundo ele, há uma relação clara entre a falta de conhecimento do sistema de identificação das notas e o número de casos de fraudes envolvendo as cédulas fraudulentas. 

“Os falsários sempre procuram pessoas que eles julgam ter pouco conhecimento, então acabam indo mais no Interior mesmo. Mas aqui em Fortaleza, a gente também percebe um número grande de notas falsas sendo repassadas na periferia, nos bairros afastados”, disse o coordenador. 

Cautela
Os principais tipos de notas escolhidos para a falsificação são as mais altas, de R$ 100, que acumularam, em 2019, 42% (1.404) do total, somando todas as versões apreendidas no Estado. As notas de R$ 50 aparecem logo em seguida, com 36,98% (1.208). As de R$ 20 somaram 9,88% (323).                      (Diário do Nordeste)

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