FOTO: Carlos Lourenço
A reforma do Centro de Cultura Popular Mestre Noza, realizada pelo município de Juazeiro do Norte, através da Secretaria de Cultura, está em fase de conclusão e a reinauguração está marcada para o próximo dia 18 de Julho.

A reforma do espaço é o resultado de uma ação realizada por meio da Secretaria de Cultura (Secult), com envolvimento da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), e da diretoria da Associação de Artesãos que utilizam o espaço para produção, exposição e comercialização de suas obras.

O Centro Mestre Noza possui uma área de convivência para artistas e visitantes. Os locais onde os artistas realizam suas criações passaram por readequações para oferecer maior conforto e melhores condições de trabalho para os artesãos. A matéria prima utilizada pelos artistas, bem como o estoque de produção, poderão ser armazenadas em locais adequados, ao abrigo do sol, da chuvas e sereno, o que permitirá melhor conservação dos produtos, em sua maioria feitos em madeira.

A estrutura interna foi pensada para permitir uma maior interação entre artesãos, comerciantes e clientela, através de um fluxo para a circulação de visitantes, desde a entrada até a saída.

A reinauguração do Centro de Cultura Popular Mestre Noza está programada para o dia 18 de julho que deverá contar com a presença de autoridades municipais e atração musical.

O Centro de Cultura Popular Mestre Noza é uma das principais referências do artesanato juazeirense. A partir dele, o artesanato de Juazeiro do Norte e da Região do Cariri se propaga para o Nordeste, o Brasil e o mundo. O Mestre Noza se tornou, ao longo dos anos, um dos poucos projetos bem-sucedidos em todo o Nordeste que fomenta e incentiva a economia criativa e que também facilita a comercialização do artesanato produzido por artistas de Juazeiro do Norte para todo o Brasil e outros países, principalmente os Estados Unidos e países da Europa.

Mestre Noza

O pernambucano Inocêncio Medeiros da Costa nasceu em 1897, na cidade de Taquaritinga do Norte. Chegou em Juazeiro do Norte no ano de 1912 e trabalhou como funileiro e em uma oficina de rótulos.

Ainda jovem aprendeu a fazer cabos de revólver e, atendendo a pedidos de romeiros, começou a fazer pequenas esculturas de santos. Envolveu-se com a xilogravura a partir dos 1940 produzindo capas para os folhetos de cordel. Seus trabalhos participaram de diversas exposições no Brasil e ganhou o mundo quando, a partir de 1961 quando teve sua primeira exposição em Paris (França). Em 1965 seu álbum Via Sacra foi editado em Paris.

Mestre Noza faleceu em São Paulo, aos 86 anos, no dia 21 de dezembro de 1983.

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