Francisco Edson mudou-se de Mossoró para Fortaleza em
busca de um novo coração. FOTO: Helene Santos
Quatrocentos corações já deixaram de funcionar corretamente e levaram seus donos à morte, no Ceará, apenas nos cinco primeiros meses de 2019. Dos óbitos por insuficiência cardíaca no Estado até maio deste ano, 192 vítimas eram idosos acima de 80 anos, o que corresponde a 48% do total. Os números são da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), e atentam para a importância do Dia Nacional de Alerta à Insuficiência Cardíaca, neste 9 de julho.

Ainda entre janeiro e maio, cearenses de 60 a 79 anos somaram 153 mortes pela síndrome cardíaca, seguidos pela faixa etária de 20 a 59 anos, que totalizou 55 óbitos. Em dez anos, entre 2009 e o ano passado, a doença matou 10.367 pessoas no Ceará – 5.552 delas (53,5% do total) na faixa etária acima de 80 anos. De acordo com o coordenador da Unidade de Transplante e Insuficiência Cardíaca do Hospital de Messejana (HM), João David de Sousa Neto, isso acontece porque a insuficiência cardíaca está, em geral, associada a outras “comorbidades”.

“As causas mais comuns são hipertensão arterial, diabetes, doença coronariana, infarto, processos inflamatórios no coração, doença reumática e doença de Chagas. Mas existem muitas outras. Tem uma hoje que é muito prevalente, que é o endurecimento do coração – ele não cresce, fica duro. A população idosa tem mais tendência a ter essa doença em que o coração é normal no tamanho, mas não na função”, aponta o médico cardiologista.

Dos 400 óbitos registrados no Ceará em 2019, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), mais da metade foi de homens, contra 48% que encerraram os ciclos femininos. Eles estão mais expostos aos riscos.                (Diário do Nordeste)

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