Heloísa e Pedro, de seis anos, são frutos de fertilização in vitro.
FOTO: Kid Júnior
O que eram quinze dias para quem já tinha esperado nove anos? Mesmo assim, a ansiedade tomou conta da esteticista Ana Amélia Mourão, 37, que passou quase uma década tentando engravidar. As tentativas infrutíferas foram resultado de uma necrose nas trompas, derivada da desatenção de um erro médico ocorrido ainda na infância. Ela só tomou conhecimento da condição depois de adulta. "Sempre quis ser mãe. Via pessoas muito próximas a mim com seus filhos, e isso doía um pouco", lamenta.

Foi no dia 6 de junho de 2012, uma quinzena depois da implantação de dois embriões no útero, que a certeza veio: o sonho da maternidade era real - e em dobro, porque Heloísa e Pedro já faziam parte dela. "Foi o dia mais feliz da minha vida!", comemorou ao lado do marido, Wilson Gomes. "Fui abençoada duas vezes. A maternidade tornou o sorriso dos meus filhos o meu maior objetivo de vida".

O número de gêmeos no Ceará cresceu 20,8% em uma década: se nasceram 1.816 crianças, em 2007, vieram ao mundo 2.195, em 2017. Desde 2014, anualmente, nascem mais de duas mil pessoas desta forma, em todo o Estado do Ceará. Este levantamento faz parte das Estatísticas do Registro Civil, um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao longo dos 11 anos do recorte, nasceram 21.084 pessoas por gravidez gemelar no Ceará. Do total, há uma leve tendência de maior nascimentos de mulheres, em 50,5% dos casos, o que representa 215 gêmeas a mais.

Na análise do obstetra Edson Lucena, chefe da Divisão de Gestão do Cuidado da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), o crescimento é reflexo da popularização e do maior acesso a clínicas de reprodução humana.           (Diário do Nordeste)

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