Rio
de Janeiro e São Paulo entraram, neste ano, no ranking das 10 cidades com menor qualidade de vida do mundo,
apontou um estudo realizado por um banco alemão, que teve destaque na imprensa
internacional na última semana.
Entre
os locais pesquisados na América Latina, a capital fluminense e a capital
paulista aparecem como as piores da região na nova edição da pesquisa de preços
globais e padrões de vida realizado pelo Deutsche
Bank em 56 cidades do mundo. Cidade do México e Buenos
Aires (Argentina) estão melhores posicionados na lista.
O
ranking anual elaborado pela instituição alemã (íntegra,
em PDF) é calculado levando em consideração diversos critérios como índices de criminalidade, poluição,
congestionamentos do trânsito, disponibilidade de serviços de saúde e custo de
vida.
Já Zurique, na Suíça, lidera
a lista de cidade com melhor qualidade de vida do Planeta, seguida por
Wellington, na Nova Zelândia, Copenhague, na Dinamarca, Edimburgo, no Reino
Unido, e Viena, na Áustria.
A
pesquisa destaca dois aspectos negativos nas cidades brasileiras: os preços elevados dos bens de consumo e
o baixo poder de compra da moeda nacional. A combinação desses dois fatores
limita o acesso dos habitantes a serviços e produtos de melhor qualidade.
No
estudo, o Brasil aparece em primeiro lugar, por exemplo, na lista dos países
onde se gasta mais para comprar um aparelho iPhone.
"Não
perca nem danifique seu iPhone durante as férias no Brasil", alerta o
relatório da pesquisa do Deutsche Bank.
O
iPhone XS custa 164% a mais no Brasil do que nos EUA, indica um dos rankings da
pesquisa "Mapping the World'Prices 2019" ("Mapeando os Preços do
Mundo 2019").
O
real figura na lista das moedas
do mundo que mais acumulam desvalorização desde 2012, ano
da primeira edição do estudo: 43%. Peso argentino (82%), lira turca
(64%), libra egípcia (59%), naira nigeriano (55%) e rublo russo (44%) estão em
situação pior no levantamento.
Uma
das utilidades desse tipo de pesquisa é orientar turistas e investidores sobre
os principais centros financeiros do mundo. É por isso que só o Rio de Janeiro
e São Paulo, sedes de bancos estrangeiros e multinacionais, representam o
Brasil na pesquisa.
Sob
o título "As cidades com menor qualidade de vida", o canal
norte-americano de televisão CNBC exibiu o ranking em que Rio de Janeiro e
São Paulo aparecem, em uma postagem na conta oficial do veículo no Instagram,
na última quarta-feira. Também foi destacada a lista das 10 cidades com melhor
qualidade de vida.
Crise do
emprego
Antigo
destino de migrantes nordestinos, em busca principalmente de vagas de emprego,
Rio de Janeiro e São Paulo enfrentam, atualmente, os efeitos de um longo
período de recessão
econômica, aumento da violência e degradação ambiental. A crise
do setor industrial nas últimas décadas prejudicou a geração de empregos em São
Paulo, cidade mais populosa do País.
Já
o Rio de Janeiro sofreu, no ano passado, intervenção do Governo Federal na
gestão da Segurança Pública, diante da insegurança provocada pela atuação do
crime organizado, principalmente em comunidades mais carentes. Os bairros da periferia incharam no mesmo ritmo
do fechamento de lojas do comércio e do desemprego recorde
nos últimos anos. Além disso, os estados do Sul e do Sudeste sofrem com a crise
fiscal, com as contas públicas ameaçadas pelo aumento das despesas e pela
redução de receitas, comprometendo melhorias salariais para o funcionalismo e
investimentos na melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos.
Cidades com menor qualidade de vida
1- Lagos
(Nigéria) 2- Pequim (China) 3- Manila (Filipinas) 4- Jakarta (Indonésia) 5-
Mumbai (Índia) 6- Rio de Janeiro (Brasil) 7- Cairo (Egito) 8- Xangai (China) 9-
São Paulo (Brasil) 10- Nova Déli (Índia)
Cidades
com maior qualidade de vida
1-
Zurique (Suíça) 2- Wellington (Austrália) 3- Copenhague (Dinamarca) 4-
Edimburgo (Reino Unido) 5- Viena (Áustria) 6- Helsinque (Finlândia) 7-
Melbourne (Austrália) 8- Boston (EUA) 9- São Francisco (EUA) 10- Sydney
(Austrália) (Diário do
Nordeste)
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