A indicação de Eduardo criou uma "guerra de
pareceres"
no Senado. FOTO: Fábio Rodrigues
Pozzebom
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O
presidente Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de desistir da nomeação de
seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a Embaixada do
Brasil em Washington, nos Estados Unidos. "Tudo pode acontecer",
disse o presidente ao ser questionado sobre as dificuldades que a indicação
enfrenta no Senado. Bolsonaro falou com a imprensa ao deixar o Palácio da
Alvorada nesta manhã.
Bolsonaro
também declarou que não quer submeter Eduardo "ao fracasso" no
Senado. "Eu não quero submeter o meu filho a um fracasso. Eu acho que ele
tem competência. Mas tudo pode acontecer, prezado companheiro. A gente pode
estar morando junto amanhã, pode acontecer", afirmou a um jornalista.
Indagado
sobre levantamentos informais que mostram que Eduardo estaria a sete votos para
a aprovação no plenário do Senado, Bolsonaro respondeu que o número representa
"voto para caramba". "Eu já vi gente declarando muita coisa sem
pé nem cabeça. Filho de Bolsonaro está pilotando um Boeing... Não estou
entendendo. Nepotismo... Se não for meu filho, vai ser filho de alguém",
repetiu.
A
indicação de Eduardo criou uma "guerra
de pareceres" no Senado. Após a divulgação de um documento
elaborado pela consultoria legislativa da Casa que aponta nepotismo na possível
nomeação, outro parecer, também de consultores, afirma o contrário: a indicação
não configuraria favorecimento indevido de um parente por parte do presidente
da República.
Sobre
o parecer contrário, Bolsonaro disse que as consultorias agem de acordo com o
interesse do parlamentar. "Tem um viés político dessa questão. O que vale
para mim é a súmula do Supremo (Tribunal Federal) que diz que não é
nepotismo", afirmou o presidente. Ele ponderou que, "se o Senado
quiser rejeitar o nome de Eduardo, é direito dele". (Estadão)
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