A
Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte e a Universidade Regional do Cariri
(URCA) estão iniciando os debates para desenvolver um projeto de fortalecimento
e requalificação da Lira Nordestina, mediante plano que vem sendo elaborado em
conjunto com a Pró-Reitoria de Extensão, os integrantes da gráfica, e a
Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte.
O
primeiro passo foi dado nesta terça-feira, em reunião na URCA, com a presença
do Secretário de Cultura, Renato Fernandes, do Reitor da Instituição, Francisco
do O’ Lima Júnior, além da Pró-Reitora de Extensão, Sandra Nancy, o
Vice-Reitor, Carlos Kleber, o chefe de gabinete da universidade, Edmar
Pinheiro, além do xilógrafo José Lourenço, que está à frente dos trabalhos da
Lira Nordestina, a Secretária Adjunta de Cultura de Juazeiro do Norte,
Regivania Rodrigues e o arte educador, Alexandre Lucas .
O
Reitor destacou a necessidade de se fazer um resgate da Lira Nordestina, com
algo mais concreto e garanta a sustentabilidade do espaço. Na ocasião, foi
apresentado pela Pró-reitora, o projeto do Museu da Gravura Lira Nordestina,
para adequar inicialmente ao espaço que o secretário de Cultura, Renato
Fernandes, denominou de corredor cultural, que se estenderá na área da RFFSA e
seu entono, incorporando prédios que sirvam de museu, restaurante, além de área
voltada para disseminar a cultura local, promover a economia criativa e o
turismo, se tornando um espaço referência.
Para
isso, foi debatida a possibilidade de se fazer uma carta de intenções assinada
pela URCA e a Prefeitura de Juazeiro do Norte, por meio da Secretaria de
Cultura, e dar encaminhamento ao grande projeto, para uma das mais importantes
gráficas de cordéis do Brasil e de relevante representatividade na divulgação
de notícias em prosa e verso.
Segundo
o Reitor, o objetivo é fazer um plano que possibilite mais dignidade aos
xilógrafos, para que possam estar num local de trabalho mais adequado e com
visibilidade das obras que são realizadas.
Para
o secretário de Cultura, Renato Fernandes, o projeto seria de grande relevância
para incorporar o corredor cultural, e verá o quanto antes a viabilidade do espaço,
para abrigar o novo museu e a Lira Nordestina. Nesta quarta-feira, o secretário
esteve realizando levantamento do espaço que deverá se tornar o Museu da
Gravura Lira Nordestina, com o antigo maquinário e todo o acervo da Lira.
A
Pró-Reitora de Extensão apresentou através de exposição fotográfica, um pouco
do acervo existente na Lira, destacando que atualmente a gráfica conta com 100
clássicos de cordéis, para serem expostos com a história do cordel e dos
grandes poetas e xilógrafos que passaram pelo local. Além disso, a Lira
Nordestina reúne peças importantes, como uma máquina de impressão dos
cordéis de Leandro de Barros, uma das únicas do Brasil e gaveteiros antigos,
onde eram colocados os títulos. A gráfica detém a maios coleção de clichês do Brasil.
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