FOTO: Michel Jesus |
O
pedido de expulsão de Frota, aprovado por nove votos, partiu da deputada Carla
Zambelli (PSL-SP), que declarou recentemente que a situação do parlamentar no
partido era
"insustentável".
Nos
últimos dias, Frota passou a criticar publicamente o governo e o presidente, e
chegou a declarar que estava decepcionado com Bolsonaro e com a falta de
articulação do presidente com os parlamentares.
Em
mais de uma ocasião, o parlamentar criticou, por exemplo, a iminente nomeação
do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, para a embaixada
do Brasil nos Estados Unidos.
Um
dos principais articuladores do PSL na votação da reforma da Previdência na
Câmara, Alexandre Frota decidiu se abster na análise da proposta em segundo
turno, contrariando
a orientação do partido, depois de ter sido retirado da vice-liderança
do partido na Câmara e do comando de três diretórios municipais a pedido do
presidente Jair Bolsonaro.
“Eu
acredito que o Bolsonaro tenha pedido isso porque disse que estava decepcionado
com ele, que não achava que a indicação do Eduardo como embaixador era a mais
correta. Fui surpreendido com essas mudanças”, disse Frota na última
quarta-feira.
Segundo
Luciano Bivar, Frota entrou em "desalinhamento" com o partido pelas
"ofensas" que fez recentemente a integrantes do PSL e que, por isso,
a desfiliação do parlamentar se justificava.
Ainda
de acordo com o presidente do PSL, a expulsão não acarretará na perda do
mandato de Frota, que poderá permanecer como deputado em outra sigla.
Outro
desafeto público de Frota, o senador Major Olímpio (PSL-SP), um dos principais
nomes da sigla, afirmou ao deixar a reunião que estava "satisfeito com o
partido" após a decisão. (G1)
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