Diante
do comprometimento na oferta de soro antiofídico em todo país, o Ministério da
Saúde informou ao Jornal do Cariri, através de nota, que a normalização deve
acontecer gradativamente, a partir do mês de agosto. Até meados de julho, mais
de mil casos foram registrados em áreas do Cariri, conforme informações
divulgadas pela Secretaria de Saúde, por meio do Núcleo de Vigilância
Epidemiológica da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde. O esperado é
que a distribuição aconteça e alcance todo o território.
Na
19ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRES), nas redondezas de Brejo Santo,
ocorreram 124 notificações em Abaiara e 65 em Jati. Em Brejo Santo foram duas.
Já na 20ª e na 21ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRES), que abrangem as
redondezas de Crato e Juazeiro, respectivamente, 512 e 1.196 acidentes com
animais peçonhentos foram registrados. Na primeira área, Altaneira lidera os
casos, com 257 ocorrências, seguida por Farias Brito e Várzea Alegre, com 145 e
56 registros, respectivamente. Na 21ª CRES, 363 casos aconteceram em Juazeiro,
251 em Barbalha e 40 em Caririaçu.
De
acordo com o Ministério da Saúde, a produção dos soros foi impactada pela
redução da capacidade produtiva de dois laboratórios públicos: a Fundação
Ezequiel Dias (FUNEB) e o Instituto Vital Brasil (IVB), que estão passando por
obras de reforma, atendendo recomendações da Agência de Vigilância Sanitária
(Anvisa). “Todos os esforços possíveis estão sendo feitos para realizar a
distribuição de soros antiofídicos no país, entre eles o antibotrópico”, afirma
a nota.
Ainda
conforme a publicação, o Ministério da Saúde firmou acordo com o Instituto
Butantan, para o aumento da produção dos imunobiológicos e vem trabalhando,
juntamente com os laboratórios produtores, na discussão dos cronogramas de
entregas dos soros para os próximos meses. Para o Ceará, foi programado o envio
de 1.960 ampolas. Em 2019, 90,1 mil ampolas de soros antiofídicos foram
distribuídas aos estados (englobando soros antibotrópicos, anticrotálicos,
antihelapídico, antibotrópico/laquéticos e antibotrópico/crotálico).
Primeiros
socorros
Com
picadas causadas por animais peçonhentos, as recomendações do Ministério da
Saúde incluem lavar o local com água e sabão; não amarrar, corta ou aplicar
folhas, pó de café ou terra sobre o local da picada; manter a vítima sentada ou
deitada; em casos de picada no braço ou na perna, o aconselhável é manter os
membros em posição mais elevada. As preservações, por sua vez, incluem manter
quintais e terrenos limpos, e ter atenção ao andar em campos e matas.
(Fonte:
Jornal do Cariri)
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