A
Universidade Regional do Cariri (URCA), através do Centro de Artes Violeta
Arraes, realiza até esta sexta-feira, programação do II Seminário Internacional
de Arte/Gênero/Ensino da Instituição, com uma vasta programação. A conferência
de abertura foi proferida pelo professor Dr. Ricardo Huerta, da Universidade de
Valência, na Espanha.
A
performance Ajé-Iamis Kariris foi realizada inicialmente, antes da abertura
oficial pelo Reitor da URCA, Professor Francisco do O’ Lima Júnior, acompanhado
de pró-reitores da instituição. O evento conta com conferências, apresentações
culturais, exposições, performances, mesa de debates, marcando o seu
encerramento, com conferência da Professora dra. Da Universidade de São Paulo
(USP/Anhembi Morumbi), Ana Mae Barbosa, com o tema: Mulheres não devem ficar em
silêncio: Design, Arte e Educação.
Para
o professor Lima Júnior, esse evento acontece num momento importante para o
Brasil, que precisa refletir cada vez mais sobre essas questões de maneira
urgente. Ele destacou o importante papel que a URCA tem desenvolvido nesse
sentido, e a recente divulgação da universidade como a de menor índice evasão
de estudantes do Brasil, através de divulgação do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ele ainda destacou valores
fundamentais para todo esse processo, através dos professores alunos e
servidores da instituição.
Para
Lima Júnior, esse momento de início da administração é importante o compromisso
com as agendas que venham ao encontro do projeto de fortalecimento da
universidade, com qualidade, de forma pública e gratuita para todos os alunos.
Um dos processos fundamentais, será a maior abertura da comunicação e o seu
fortalecimento, constituindo de forma plena os valores da Universidade. Ele
ainda destacou a melhoria de ações pautadas na assistência estudantil, que
estão sendo estudadas para futura implementação.
O
Pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, Irwin Rose, destaca a força da
união, com parceria, para o desenvolvimento das instituições e dos País como
algo fundamental. Já a Pró-Reitora de Extensão, Sandra Nancy, reforçou a
reflexão pela arte, principalmente nesses tempos da necessidade de
resistência. Ela destacou os professores da comunidade externa que estão
com os do centro para refletir sobre essas questões que o seminário irá enfocar
esses dias de trabalho e parabenizou os coordenadores do curso e a direção pela
sua realização.
O
Diretor do Centro de Artes, Jerônimo Vieira, disse que um evento como esse é
uma oportunidade para se discutir importantes assuntos. “Para os homens e as
mulheres e seus diversos, além de pensarmos uma prática e ação contra toda a
onda de conservadorismo que estamos vivendo”, disse.
Para
a diretora do CA Ana Mae Barbosa, Rebbeca Lima, esse seminário é importante no
sentido de realçar o aspecto político na existência dos corpos, a partir da
universidade, mantido com luta, e a existência das individualidades que
comprovem o coletivo. “Dentro do Momento atual do aspecto conservador, atenta
para os negros, indígenas, e às ditas minorias, que não somos; esse espaço
precisa ser ocupado, para sair dessa ressignificação da existência”, disse. O
evento é voltado para pessoas negras, LGBT, transexuais, conforme a
coordenação, mas principalmente dando espaço para se verificar a oportunidade
de abertura para todos. “Esse evento como lugar de troca de aprendizado”.
O
coordenador do seminário, Professor Fábio Rodrigues, o evento é um gesto
de resistência e de luta de enfrentamento ao fascismo. “Estamos reunidos em uma
cidade do interior do Ceará, em um estado de desobediência sistêmica, que vem
problematizar a interpelação e intersecção entre o ensino e o conservadorismo
presente entre nós”, afirma.
Segundo
ele, esse é o primeiro seminário internacional, de arte, gênero e ensino no
Brasil a assume a relação entre esses três aspectos, e possivelmente o único na
América Latina. “Nunca foi tão necessário dar excelentes aulas e qualificar os
currículos, além de potencializar os grupos de pesquisa. Nunca foi tão
necessário fazer a gestão universitária o mais democrática possível”, ressalta.
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