Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para direitos
humanos
e ex-presidente do Chile. FOTO: Fabrice Coffrini-AFP
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O
presidente Jair Bolsonaro atacou o pai de Michelle Bachelet, alta comissária da
ONU para direitos humanos e ex-presidente do Chile, morto pela ditadura militar
chilena, em postagem em uma rede social nesta quarta-feira (4).
A
crítica veio após Bachelet dizer em uma entrevista que o Brasil sofre uma
"redução do espaço democrático", especialmente com ataques contra
defensores da natureza e dos direitos humanos.
"Michelle
Bachelet, seguindo a linha do Macron em se intrometer nos assuntos internos e
na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos
(de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares",
escreveu o presidente.
"Diz
ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não
é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973,
entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época", prosseguiu
Bolsonaro, que publicou também uma foto de Bachelet, quando presidente, ao lado
das ex-presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner.
Alberto
Bachelet, pai de Michelle, era general da Força Aérea e se opôs ao golpe dado
por Augusto Pinochet em setembro de 1973. Ele foi preso e torturado pelo regime
e morreu sob custódia, em fevereiro de 1974. Tinha 50 anos.
Bachelet
fez o alerta sobre a redução da democracia no Brasil em uma entrevista coletiva
em Genebra. "Nos últimos meses, observamos (no Brasil) uma redução do
espaço cívico e democrático, caracterizado por ataques contra defensores dos
direitos humanos, restrições impostas ao trabalho da sociedade civil",
disse. (Folhapress)
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