O acesso ao patrimônio e à diversidade musical brasileira são os propósitos dos projetos Sesc Instrumental, o Sonora Brasil, e Sesc Sonoridades que acontecem de 14 a 30 de setembro, no Cariri. Na programação, destaque para o grupo Wiyae, apresentando músicas de povos indígenas, nos dias 24 e 26, nas unidades do Sesc de Juazeiro do Norte e do Sesc Crato, respectivamente. No repertório, o grupo apresenta músicas do povo Tikuna, além de composições próprias e músicas de outros povos indígenas recolhidos em pesquisas, que serão apresentadas a partir de recriações e arranjos artísticos. Toda a programação é gratuita.

O grupo Wiyae, que significa canto na língua Tikuna, se reuniu especialmente para o projeto Sonora Brasil do Sesc Brasil. É formado por Tikuna – nascida em Umariaçu, nas “fronteiras” do Brasil, Peru e Colômbia; Magda Pucci, cantora, educadora musical e pesquisadora das músicas de vários povos há 23 anos, e também diretora musical do Mawaca, grupo de São Paulo que recria músicas de diferentes tradições do mundo; Diego Janatã, maranhense que tem viajado por diversas comunidades indígenas, por todo o Brasil, pesquisando e registrando a musicalidade dos povos das florestas e também das comunidades quilombolas e tradicionais do Maranhão; e Gabriel Levy, arranjador, compositor, educador e produtor musical, acordeonista do Mawaca.

Enquanto o Sonora Brasil contempla a riqueza da música brasileira, o Sesc Instrumental é um projeto de caráter artístico e educativo que visa proporcionar aos públicos momentos de apreciação sonora e acesso ao patrimônio musical brasileiro. Ambos, primam pela diversidade de estilos e gêneros. Assim, o Sesc Instrumental, promove duas apresentações de: Grupo Contemple, Serginho Groove (RN), Brasuca, Alan Kardec (Fortaleza), Edu Sales, Grupo Cariri Roda de Choro, Sarah Lopes (PE), Ranier Oliveira no Terreiro da Mestra Margarida e Cangaço, em Juazeiro do Norte, e no Arajara Park, em Barbalha. Eles também sobem ao palco do Teatro Sesc Patativa do Assaré, em Juazeiro, por meio de parceria com o projeto Artefatos da Cultura Negra.

O Contemple é fruto e semente da paixão de amigos em torno da música. O grupo é formado pela cantora Fatinha Gomes; o pianista, maestro e educador Diego Amorim; e pelo multiinstrumentista Vinícius Pinho. As apresentações no Cariri ainda contam com a participação do acordeonista Ranier Oliveira.
O cantor, compositor e instrumentista natural do Cariri – CE, apresenta um trabalho que reforça sua identidade plural e múltipla, transbordando o estereótipo de gênero e o do sertão nordestino para propor outros olhares sobre as tradições de sua terra.

Na unidade Sesc Crato, o projeto Sesc Sonoridades traz Junú interpretando canções que marcaram a sua infância e adolescência, desde a cultura popular tradicional até nomes de artistas nacionais que direta e indiretamente tornaram-se mestres e mestras no início de sua formação musical, desde sempre, sem preconceitos ou discriminações estéticas. Belchior, Raul, Mestre Aldenir, Dorival Caymmi, Marinês, Nelson Gonçalvez, Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, Beto Guedes, Gonzaga, João Do Vale, Alceu Valença, Elomar, Secos e Molhados, Engenheiros do Hawai, Legião Urbana, Rita Lee, Cazuza, Nelson Gonçalves, Mutantes, Caetano, Chico, Fagner são influências na formação do multiverso criativo da obra do cantor e compositor, um dos maiores expoentes da música cearense da atualidade.

Sesc Sonoridades também contempla o público com o show da Banda Madalena Vinil, que traz as músicas autorais de seu primeiro disco “Entre o Céu e o Bar”, que transita entre algumas vertentes do Rock. A apresentação acontece no Largo da REFSA.

A programação se encerra com o projeto Cordel na Feira trazendo o som regional vindo direto da sanfona e triângulos do trio de forró cearense “Chumbo Sim Senhor!” tocando sucesso de grandes nomes como Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. Confira a programação completa clicando aqui!

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