FOTO: Guilherme Cândido
Uma estudante da Universidade Federal do Cariri (UFCA) teve um conto publicado na antologia Apaixone-se, da Qualis Editora, cuja estreia ocorrerá na décima nona edição da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro: o maior evento literário do Brasil. O lançamento da antologia está programado para o próximo dia 7. A Bienal do Rio de Janeiro deste ano estreou no último dia 30 e vai até o próximo dia 8 de setembro, no Riocentro da capital fluminense.

Filha de Várzea Alegre e estudante do quarto semestre de Jornalismo, Olívia Rebeca Alencar, hoje com 18 anos, escreve desde os 13 e já soma dois contos publicados em antologias de editoras importantes. Além da antologia da Qualis, Olívia publicou o conto “Para Sempre, Nunca Mais” na antologia Cinderelas, da Editora Sinna: “Por volta de agosto do ano passado, a Editora Sinna lançou um edital para o concurso de uma antologia, a Cinderelas, que trata sobre a violência contra a mulher. Eu resolvi participar e fui selecionada. Foi uma surpresa e alegria imensas! O lançamento ocorreu na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro, em abril deste ano. Eu pude estar presente e foi incrível”, recorda. Por falta de recursos financeiros, Olívia não vai participar do lançamento do próprio conto, na Bienal.

Contos publicados
A antologia Cinderelas é um projeto organizado pela escritora e também editora-chefe da Sinna, Katerine Grinaldi. A ideia de abordar o tema violência contra a mulher foi proposta para, a partir desses retratos, contribuir para o combate desse tipo de crime. Em Cinderelas, o trabalho de Olívia conta a história de Joanna, jovem que denuncia uma tentativa de estupro para incentivar mulheres a buscarem justiça.

Já em Apaixone-se, antologia que reúne histórias de amor, o conto da estudante é o “Eu, você, e a matemática entre nós”. O texto apresenta Beatriz, uma estudante que ama matemática e é escolhida pela escola onde estuda para ajudar Mateus, quase reprovado na disciplina, a melhorar seu desempenho: “Logo depois [do edital da Sinna], eu me deparei com outro edital, da Qualis. Me interessei também e arrisquei outra vez. Em junho, recebi a confirmação da aprovação”, disse.

A jovem escritora cearense – filha de um agricultor e de uma auxiliar de serviços gerais, ambos já aposentados – mora com a mãe, em um sítio em Várzea Alegre, e se desloca diariamente até o campus Juazeiro do Norte, onde cursa Jornalismo, em um ônibus do município. A viagem, de cerca de 100 km, leva duas horas. A rotina de viagens diárias é comum entre os universitários da UFCA, que – em boa parte, como Olívia – vivem em regiões afastadas do Crajubar (contração para Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha: cidades que abrigam três dos campi da UFCA).

Apesar de as conquistas não estarem diretamente relacionadas à rotina universitária, Olívia acredita que a UFCA foi importante para a sua escrita: “Uma das coisas que a universidade proporciona é o contato com novos horizontes, olhares, saberes. Ela ajuda na nossa capacitação profissional, mas, além disso, nos guia em nossa jornada individual e pessoal. Entrar na UFCA foi uma grande alegria, tanto para mim quanto para minha família, pela oportunidade de me capacitar e crescer em várias áreas, como na literária”, reflete Olívia.

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