Mapa de localização epicentral. O epicentro está representado pela estrela vermelha. O triângulo azul mostra a localização da estação de Pedra Branca (NBPB). Em destaque, os limites do município de Quixeramobim. FOTO: Sismos Nordeste
A terra voltou a tremer no Ceará três meses após abalos sísmicos serem registrados na região Central do estado. Quixeramobim teve tremores de terra de magnitude 2,0 na madrugada desta terça-feira (8), segundo o Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que monitora atividades sísmicas no Nordeste.

De acordo com o sismólogo Eduardo Menezes, o epicentro dos tremores foi novamente nas localidades de São Joaquim e Fogareiro, na zona rural de Quixeramobim.

Segundo o Laboratório de Sismologia da UFRN, os tremores ocorrem devido a fossas subterrâneas que estão constantemente em atividade sismológica. As fossas são ligadas ao encontro das placas tectônicas no Oceano Atlântico, que ligam a América do Sul ao continente africano.

"Isso mostra que tremores no Nordeste estão sempre ocorrendo e nunca se descarta a possibilidade de que os mesmos parem de ocorrer definitivamente. Como já se sabe, tremores de terra não se consegue prever, nem sua hora nem o local onde os mesmos venham a acontecer", explicou o sismólogo.

Em julho, mais de 100 tremores ocorreram no Sertão Central cearense. Moradores relataram que sentiram a vibração nas paredes da casas, que tiveram a estrutura danificadas com rachaduras.

Registros anteriores
O maior abalo sísmico detectado na região ocorreu na noite de 18 de abril, por volta das 23h30. O tremor de magnitude 3,3 foi sentido em diversas localidades dos municípios de Quixeramobim, Madalena e Boa Viagem.

A atividade foi registrada por diversas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) operadas pela UFRN, inclusive a estação de Itapé (NBIT), a aproximadamente 1.100 km do epicentro, conforme informações do LabSis.                         (G1 CE)

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