FOTO: Alex Pimentel |
Nesta
primeira etapa, prevista para acontecer entre 2019 e 2020, 37 municípios
localizados no Vale do Jaguaribe e nos sertões de Crateús e Inhamuns serão
atendidos, beneficiando mais de 4 mil pequenos e médios produtores.
O
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faec), Flávio
Saboya, destaca que os produtores já podem se organizar para buscar o Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), braço educativo da Faec no Estado, para
conseguir a inclusão no AgroNordeste.
Atuação
Sobre
o plano geral do programa, Holanda afirma que todas as cadeias produtivas
poderão ser beneficiadas. “Mas, pela característica das duas regiões cearenses
escolhidas para essa primeira etapa, os projetos pioneiros desenvolvidos
abrangerão ovinocaprinocultura e apicultura, na região dos Inhamuns, e
fruticultura e produção de camarão no Vale do Jaguaribe”, ressalta.
Holanda
ainda destaca que a metodologia a ser aplicada será construída de forma
participativa com representantes das cadeias produtivas. “Nós temos uma
metodologia geral, mas nosso modelo de gestão é a compartilhada. Queremos ouvir
os produtores para saber quais os principais gargalos e montar o modelo de
trabalho de forma conjunta”.
Dificuldades
Ele
detalha, também, as principais dificuldades apresentadas pelo agronegócio
cearense que têm atrapalhado o desenvolvimento do setor. “Vamos atuar nas
feridas que nós temos há muito tempo: assistência técnica, extensão rural,
assistência gerencial, e empreendedorismo. Vamos difundir essas ações que,
hoje, o Governo Federal dispõe para que esses produtores possam crescer e
aumentar a produção”, aponta Holanda.
Um
dos caminhos para esse desenvolvimento, segundo ele, é a participação efetiva
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Ela está saindo de
uma área de pesquisa mais nucleada para uma mais extensiva. Eu tenho a
participação intensiva da Embrapa agora no desenvolvimento de novas tecnologias
para esses produtores”, acrescenta.
Integração
O
diretor-geral do AgroNordeste, Danilo Forte, destaca que o projeto visa a
integração da produção agropecuária do Ceará com o Nordeste e com o Brasil.
“Para isso, vários desafios precisam ser cumpridos. A partir da assistência
técnica, iremos garantir a maior produtividade e qualidade dos produtos, bem
como a inserção desses itens no mercado nacional e internacional”, prevê.
Ele
explica que não será distribuído dinheiro aos produtores, mas, sim, dada a
assistência necessária para que os negócios se consolidem. “É da competência do
comitê regional analisar as demandas e os recursos necessários para o
desenvolvimento de cada projeto. Parte desses recursos virá do orçamento da
União e parte de financiamentos, principalmente do Banco do Nordeste”,
esclarece.
“Em
todo o Nordeste, o programa já mobiliza cerca de R$ 8 bilhões, mas não é
possível estimar quanto irá para cada Estado, pois depende da demanda”,
completa.
Contudo,
o presidente do BNB, Romildo Rolim, pontua que não serão criadas novas linhas
de financiamento voltadas para os participantes do AgroNordeste. “Neste
primeiro momento, nós iremos atuar em etapas antecedentes ao crédito,
preparando a cadeia produtiva com ações de capacitação, assistência técnica, e
organizando a comercialização em grupo, levando conectividade”. O Banco do
Brasil também será uma das instituições financiadoras. (Diário do Nordeste)
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