O ex-ministro do Governo Bolsonaro visitou a Capital cearense para participar de evento religioso Foto: Fabiane de Paula |
De
passagem por Fortaleza para visitar amigos e fazer a tradicional caminhada pela
fé a Canindé, o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair
Bolsonaro, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, afirmou, ontem, que os
principais problemas da gestão são pontos de conflitos causados por
"grupos mais extremistas". Sem citar nomes, ele ressaltou que são
pessoas que chamam mais atenção do que o lado positivo do Governo.
"Como
todo Governo, tem erros e acertos. Mas você tem também um Governo em que a
disputa política ainda não terminou. São esses grupos mais extremistas que
acabam perturbando e até prejudicam a própria autoridade do Governo. Algumas
coisas boas têm acontecido, tipo na área econômica. E essas coisas não são
destacadas por conta dessas confusões", enfatiza.
Santos
Cruz foi demitido da Secretaria do Governo, em junho, após ser alvo de pressão
de militares e de seguidores do escritor Olavo de Carvalho, que criticava
constantemente a postura mais "moderada" do ministro. Um dos filhos
do presidente, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) chegou a pedir a saída do general por
meio das redes sociais. Apesar da saída "turbulenta" do Governo, o
ex-ministro nega ter mágoa do presidente.
Indicação
à embaixada
Sobre
a possibilidade de o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do
presidente, ser indicado à embaixada do Brasil nos Estados Unidos, conforme
circula nos bastidores do Palácio do Planalto, Santos Cruz afirma que a decisão
da Presidência não seria boa para o País.
Ainda
segundo ele, a indicação de Eduardo pode até "parecer nepotismo",
pela falta de experiência para assumir a embaixada considerada "mais
significativa".
"Pelo
princípio da definição (de nepotismo), poderia ser. Nós temos o Itamaraty com
1.500 diplomatas, embaixadores em vários países. Acho que o Brasil deve ser
representado por um diplomata profissional", disse. (Diário do Nordeste)
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