Morreu na madrugada deste sábado, dia 12, aos 88 anos, em Juazeiro do Norte, Chico Fenelon, como assim era conhecido. O mesmo estava internado na Clínica São José a vários dias.

O corpo está sendo velado na Assistência Social de Altaneira e o sepultamento será realizado às 17 horas de hoje, dia 12  

Francisco Fenelon Pereira nasceu na comunidade da Andreza, no município de Assaré, mas foi criado no Sítio Tapera, hoje Nova Olinda, se estabelecendo comercialmente e politicamente na Vila de Santa Tereza, atualmente Altaneira.

O menino Chico nasceu em 07 de fevereiro de 1931, filho de Antônio Fenelon Pereira e Antônia do Espírito Santo, estudou apenas até a 3ª série primária, e aos 12 anos optou por trabalhar em uma loja de tecidos de seu tio José Fenelon. 

Aos 18 anos de idade, outra decisão marcou sua vida: decidiu não acompanhar seus pais que migraram para São Paulo e fixou residência na Vila de Santa Tereza recebendo apoio de um outro tio, Antônio Marrocos, quando começou a negociar de forma ambulante, comprando e vendendo nos sítios e cidades vizinhas e, inclusive, com passagens pelo Estado do Maranhão.


Poucos anos depois montou seu próprio negócio, vindo a ampliar depois de uma sociedade com seu compadre Francisco Bispo de Assis, conhecido por Assis Baião e posteriormente adquirindo a parte de seu sócio.

Fenelon casou-se em 18 de outubro de 1953 com Terezinha Correia de Meneses, filha de Zacarias Correia de Meneses e Otacília Maria da Conceição.

Bem-sucedido no ramo comercial, Chico Fenelon resolveu ingressar na vida política, destacando-se na luta pela emancipação política de Altaneira e vindo em 03 de outubro de 1958 a ser eleito com 171 votos, vereador do município Farias Brito.

A campanha pela emancipação é vitoriosa e no dia 18 de dezembro de 1958 é sancionada a Lei que cria o Município de Altaneira.

Em 1960 com o assassinato do coronel Manoel Pinheiro de Almeida Farias na festa da convenção em 11/08/1960, Chico Fenelon Pereira é aclamado como candidato a prefeito e tem como companheiro de chapa seu antigo sócio Francisco Bispo de Assis.

A primeira campanha eleitoral em Altaneira se deu de forma tensa, as forças do Governo do Estado foram usadas em favor do candidato do PSD, inclusive foi instalado na cidade um batalhão da Polícia Militar, mesmo Chico Fenelon tendo sido eleito prefeito com ampla maioria.

Nas eleições seguintes Chico Fenelon apoiou seus compadres Assis Baião, Oliveira Rufino e Quido Nogueira, todos eleitos em chapa única, mas em 1972 quando tenta voltar à Prefeitura, é derrotado nas urnas pelo ex-prefeito Oliveira Rufino.

No ano seguinte, Fenelon fixa residência na cidade de Assaré com sua família e lá se estabelece comercialmente, tornando-se em poucos anos um dos maiores comerciantes da região.

Em 1976 Chico Fenelon é chamado novamente para disputar o pleito daquele ano, dessa feita contra o jovem coletor da Fazenda Estadual João Ivan Alcântara, na época vice-prefeito. Derrotado mais uma vez, Fenelon volta ao Assaré para dedicar-se ao comércio, no entanto em 1982, é convidado por João Ivan a disputar outra eleição. Fenelon finalmente é eleito para seu segundo mandato 22 anos depois do primeiro.

Ao final de seu mandato em 1988 Fenelon devolve o apoio e elege João Ivan como prefeito, mas não existe reciprocidade em 1992, restando ao ex-prefeito apoiar o médico Dr. Eluizo Tavares Magalhães, porém sofre nova derrota pela diferença de apenas 22 votos.

Em 2004 Fenelon é eleito vice-prefeito na chapa encabeçada pelo seu afilhado Antônio Dorival de Oliveira, mas em 31 de outubro daquele mesmo ano vem a óbito sua esposa Terezinha Correia de Meneses, companheira de mais de 50 anos. Desta união tiveram oito filhos: Antonio, Kelma, Vânia, Rivânia, Gleuba, Neiva, Cesar e Carla.

Fenelon casa-se em 16 de abril de 2006, pela segunda vez, com Francisca Devanilda Nogueira, viúva de seu adversário no pleito de 1988.

Fenelon é reeleito vice-prefeito em 2008, mas teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral em virtude de conduta vedada praticada pelo então prefeito e candidato a reeleição, Antonio Dorival de Oliveira.

Aposentado do comércio, Fenelon dá continuidade na atividade de agropecuarista, mantendo uma rotina de trabalho de segunda a sábado, e aos domingos, costumava receber amigos e agregados na sua residência.

Nosso blog vem prestar os sentimentos a toda família enlutada.

(Com informações do blog de Altaneira e blog do Jocélio Leite)

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