FOTO: Fábio Lima
O Governo do Estado iniciou a fase de avaliação dos projetos de viabilidade da instalação e operação placas fotovoltaicas para produção de energia na área de margem ao longo do canal do Açude Castanhão, que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A comissão é chefiada pela Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (SRH) e tem até novembro para divulgar o resultado.

O projeto, divulgado em março, prevê um edital a instalação de gerar até 45 megawatts (MW) de energia solar, na modalidade de geração distribuída em módulos de até 5 MW pico. Os recursos seriam consumidos pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). A Cogerh contaria com até 25 MW pico, enquanto a Cagece ficaria com até 20 MW pico.

Os estudos que estão sendo analisados foram obtidos através da realização de um edital de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). A PMI previu orçamento na casa dos R$ 1,4 milhão para os estudos.

Os projetos foram entregues para análise da comissão no último dia 13 de setembro. E continham nove estudos: diretrizes de projeto; mapeamento de áreas viáveis para a concessão de uso; avaliação do valor das terras; diagnóstico e estudo de demanda de energia elétrica; modelagem financeira da concessão; projetos ambientais; viabilidade jurídica e regulatória; modelagem jurídica com apresentação de edital e minuta de contrato; e plano de avaliação social.

O objetivo deste consórcio é otimizar o aproveitamento da infraestrutura de adução para geração de energia fotovoltaica e, consequentemente, fomentar a cadeia produtiva do setor, promover a sustentabilidade ambiental, bem como possibilitar o consumo de energia mais barata pelo Estado e suas entidades estatais.

"A ação busca otimizar o aproveitamento da infraestrutura de adução para geração de energia fotovoltaica e, consequentemente, fomentar a cadeia produtiva do setor, promover a sustentabilidade ambiental, bem como possibilitar o consumo de energia mais barata pelo Estado e suas entidades estatais", respondeu em nota a SRH.

A secretaria ainda projeta a possibilidade de ampliação da iniciativa para mais açudes no Estado, "após a conclusão e análise do resultado do projeto".

O consultor da área de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e presidente da Câmara Setorial de Energia Renováveis do Ceará, Jurandir Picanço, ressalta que o projeto de geração distribuída vai fazer um investimento que vai compensar a energia, disponibilizando essas áreas.

Jurandir considera a iniciativa muito interessante pelo fato de diminuir o custo do bombeamento de água, tanto da Cagece quanto da Cogerh. O projeto do Governo tem regime de parceria parecida com o que fez a Prefeitura de Fortaleza para instalação de placas nas escolas municipais, aponta.                    (O Povo)

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