FOTO: Marcello Casal Jr.
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A
média da região é a mesma nos últimos 25 anos. E caso ela se mantenha, a
América Latina terá, em 2030, a segunda maior taxa de casamentos infantis do
mundo, atrás apenas da África Subsaariana, região composta por países como
Ruanda, Burundi, República Centro-Africana e República Democrática do Congo.
O
relatório alerta que a prática compromete o desenvolvimento dessas jovens nos
anos seguintes. “As uniões precoces ou o casamento infantil tornam mais difícil
para as meninas terem um projeto de vida”, disse o diretor regional do Unicef
para a América Latina e o Caribe, Bernt Aasen. Segundo o estudo, essas jovens
têm maior probabilidade de viver em áreas pobres, rurais e com menos acesso à
educação.
O
documento mostra a relação entre a união precoce e a gravidez na adolescência.
Mais de 80% delas deram à luz antes do aniversário de 20 anos. Para Shelly
Abdool, assessora regional de gênero do escritório do Unicef para América
Latina e Caribe, o futuro dessas meninas é colocado em risco, alavancado pelo
“forte impacto sobre a maternidade precoce, os altos riscos de violência por
parte dos parceiros e as consequências de abandonar a escola”.
Para
a Organização das Nações Unidas (ONU), é necessária criação de programas para
apoiar a autonomia dessas adolescentes, além da formulação de políticas que
impeçam o casamento infantil e as uniões precoces. (Agência Brasil)
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