Em parceria com o Serviço de Pastoral do Migrante Nordeste (SPM NE) e o Comitê de Migração e Refúgio do Cariri, a Cáritas Diocesana inaugurou na manhã do último domingo, dia 10 de novembro, a “Casa do Migrante”, na rua José Alcântara Vilar, 89, no bairro Sossego, em Crato. O local tem como objetivo receber transitoriamente pessoas em situação de migração, como é o caso dos venezuelanos. O bispo Dom Gilberto Pastana, acompanhado do vigário da Forania 1, Padre José Ricardo Barros, descerrou a placa.

Inicialmente, a casa vai acolher quatro famílias, durante três meses, segundo a agente Cáritas, Solange Santana. Ela conta que a Cáritas, junto ao SPM NE, por meio do projeto “Acolhendo vidas e reconstruindo sonhos”, e o Comitê, pretendem trabalhar com o Poder Público e outras instituições. A ideia é buscar parcerias para integrar essas famílias à sociedade, principalmente no mercado de trabalho.

Ainda de acordo com Solange, depois da Arquidiocese de Fortaleza, a Diocese de Crato é a única no Regional Nordeste 1 que tem se mobilizado na acolhida aos migrantes. Doze famílias já foram recepcionadas desde março deste ano, nas paróquias Nossa Senhora de Fátima, São Francisco e São José Operário, em Crato; e nas paróquias Nossa Senhora das Dores – Basílica Santuário – e São Francisco das Chagas – Franciscanos – em Juazeiro do Norte. Oito delas, inclusive, já dispõem de carteira assinada e filhos na escola.

O venezuelano Gabriel Cedeño, por exemplo, está há dois anos no Brasil. Depois de viver na fronteira entre os dois países, chegou ao Cariri, há cinco meses, na esperança de reconstruir os sonhos. “Estou muito feliz, grato pelo acolhimento e a ajuda de todos. Gratidão a Deus e a toda Igreja Católica”, disse, numa mistura de idiomas.

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