FOTO: TV Verdes Mares
O mês de outubro deste ano foi o que apresentou o maior número de queimadas, para o período, da última década, conforme dados do Mapa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 31 dias, o órgão contabilizou 1.373 focos. Outubro de 2016 (1.241) e de 2012 (1.102) completam a lista com os três meses com maior incidência de queimadas na década.

Segundo Ana Larissa Ribeiro de Freitas, geógrafa e mestranda em Sensoriamento Remoto do Inpe, outubro “é um mês de seca, portanto, a vegetação fica cada vez mais suscetível aos incêndios”. A pesquisadora explica que, para confirmar este cenário, são consideradas “as condicionantes ambientais, onde a temperatura está mais alta, o clima mais seco e a umidade relativa do ar menor, o que deixa o ambiente mais suscetível”.

Para este mês de novembro, segundo especialistas, a tendência é de que os números continuem em alta. Nesta quarta-feira (6), um incêndio de grandes proporções foi debelado em um sítio às margens da CE-187, no município de Viçosa do Ceará.

“A grande maioria dos incêndios desse tipo é provocado por alguém que ateia fogo ao terreno. A área afetada foi considerada extensa, mas não dá para precisar o tamanho da região atingida”, relatou o major Mardens Vasconcelos, do Corpo de Bombeiros de Sobral. Em apenas seis dias, já foram contabilizados 143 focos.

Segundo Ana Larissa, “observa-se que na série histórica do monitoramento, outubro geralmente é o mês em que os focos aumentam, tendência também de novembro, e em dezembro há uma alternância nesse total”. Até o mais recente levantamento, o Ceará já registrou 2.311 focos em 2019.                         (G1 CE)

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