Cerca
de R$ 5,2 bilhões poderão
ser injetados na economia do Ceará com a
liberação do 13º salário neste ano. O resultado equivale
aproximadamente 15,6% do
valor do Nordeste e 2,4% do
Brasil, de acordo com o levantamento realizado pelo Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado nesta terça-feira
(5).
Segundo
o levantamento, o montante corresponde a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará. O
segmento de empregados formalizados apresenta a maior contribuição para o PIB,
correspondendo a 2,3%.
O
volume real a ser recebido em 2019 será 1,8% menor que em 2018, de acordo com
Reginaldo Aguiar, superintendente regional do Dieese. Apesar do otimismo para
uma injeção de ânimo na economia, a
liberação do 13º salário terá um efeito amenizado este ano devido
a fatores como inadimplência e desemprego, pontua Aguiar.
"O
rendimento que recebemos este ano é 1,8% menor em termos reais ao ano passado.
A inadimplência aumentou, a renda caiu e as taxas de desemprego subiram. De
modo, que esses fatores são sintomáticos para fazer com que o efeito desse
beneficio esse ano sejam um pouco amenizado", comenta.
Com
o crescimento da inadimplência no Estado, Aguiar comenta que parte deste dinheiro extra será destinado para
a quitação e renegociação dívidas, mas que mesmo assim, o
Estado ainda sentirá algum efeito na economia.
O
superintendente também relembra sobre os
saques de até R$ 500 reais do FGTS que poderão atenuar
esse efeito trazendo mais fôlego para a economia.
"Também
temos que acrescentar a liberação dos R$500 do FGTS, é dinheiro do trabalhador,
que entra na economia e trará um pouco compensação nesse efeito para
poder dar mais de ânimo na economia do Estado".
Outros
segmentos
No
Ceará, os empregados do mercado formal representam 54,6%, sendo 53,1% assalariados dos
setores públicos e privados e 1,5% de
empregados domésticos. Já os pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 45,4%.
Em
relação aos valores recebidos, o segmento empregados formalizados irão
receber 67,8% (R$
3,5 bilhões), os beneficiários do INSS 25,2% (R$ 1,3 bilhão). Já os aposentados e
pensionistas do Regime Próprio do Estado receberão 5,2% (R$ 268
milhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 1,8% (R$ 93,3 milhões). (Diário do
Nordeste)
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